São Paulo, sábado, 25 de julho de 1998

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Formação deve ter contexto

da Reportagem Local

A formação de professores não garante, isoladamente, a melhoria do ensino. A opinião é da secretária de assuntos educacionais da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Maria Teresa Leitão de Melo.
"A formação tem de estar articulada com um projeto pedagógico baseado em necessidades."
É com base nessas idéias que ela faz críticas à maioria dos programas em andamento. "O MEC está dando mais ênfase à complementação pedagógica do que à titulação. Muitos Estados estão oferecendo cursos de capacitação acelerados e fragmentados em detrimento da titulação, que está sendo exigida para os que estão ingressando no sistema", diz.
Embora não existam dúvidas sobre a necessidade dos programas de formação e dos benefícios que eles acarretam, a implantação deles implica dificuldades. "Em geral, os programas não são parte da jornada de trabalho do professor nem da carreira", afirma.
Essa dificuldade existe em Minas Gerais, Estado que já formou, por meio de um programa experimental, 1.487 professores desde 92 de um total estimado em 9.000 leigos.
O programa atende 2.700 alunos e combina ensino à distância com presencial -este é oferecido por meio de aulas dadas durante uma semana ao mês.
"Os professores participam e sabem da importância, mas é difícil para eles. É preciso achar um substituto e o professor fica sem receber", diz Maria do Carmo Frias, coordenadora do programa.
Ainda assim, os resultados aparecem, por exemplo, no vestibular: 111 dos concluintes ingressaram no ensino superior. (MAv)



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