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Formação deve ter contexto
da Reportagem Local
A formação de professores não
garante, isoladamente, a melhoria
do ensino. A opinião é da secretária de assuntos educacionais da
Confederação Nacional dos Trabalhadores em Educação, Maria
Teresa Leitão de Melo.
"A formação tem de estar articulada com um projeto pedagógico baseado em necessidades."
É com base nessas idéias que ela
faz críticas à maioria dos programas em andamento. "O MEC está
dando mais ênfase à complementação pedagógica do que à titulação. Muitos Estados estão oferecendo cursos de capacitação acelerados e fragmentados em detrimento da titulação, que está sendo
exigida para os que estão ingressando no sistema", diz.
Embora não existam dúvidas sobre a necessidade dos programas
de formação e dos benefícios que
eles acarretam, a implantação deles implica dificuldades. "Em geral, os programas não são parte da
jornada de trabalho do professor
nem da carreira", afirma.
Essa dificuldade existe em Minas
Gerais, Estado que já formou, por
meio de um programa experimental, 1.487 professores desde 92 de
um total estimado em 9.000 leigos.
O programa atende 2.700 alunos
e combina ensino à distância com
presencial -este é oferecido por
meio de aulas dadas durante uma
semana ao mês.
"Os professores participam e
sabem da importância, mas é difícil para eles. É preciso achar um
substituto e o professor fica sem
receber", diz Maria do Carmo
Frias, coordenadora do programa.
Ainda assim, os resultados aparecem, por exemplo, no vestibular: 111 dos concluintes ingressaram no ensino superior.
(MAv)
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