|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
Réus ficam sem algemas
da Reportagem Local
Os réus aproveitavam as interrupções do julgamento para
ficar com os familiares.
A primeira suspensão dos
trabalhos ocorreu por volta
das 14h. Nesse momento, a
presença da tropa de choque
ainda era ostensiva no tribunal. Os ex-PMs apenas trocaram algumas palavras com os
familiares que, ao lado de advogados, oficiais e jornalistas,
lotavam o plenário da 1ª Auditoria.
Alguns dos réus mantinham-se de cabeça baixa ou
olhando fixamente para um
ponto, enquanto outros arriscavam espiar para trás para
tentar enxergar alguém conhecido.
Eles não conversavam entre
si, apenas com seus advogados, nos intervalos.
Á noite, houve um período
de maior descontração. O policiamento diminuiu e os cinco
ex-PMs, sem algemas, puderam ficar ao lado de seus familiares no corredor da 1ª Auditoria.
Conversavam e trocavam
beijos discretos com as namoradas e mulheres. Nesse momento, estavam sem algemas.
Os réus acompanharam o
julgamento sem algemas, que
eram colocadas somente nos
intervalos, quando eram conduzidos para uma outra sala.
Os seis advogados dos
ex-PMs acompanharam o julgamento na primeira fila do
plenário. Não havia espaço para tantos defensores.
Às 22h30, o juiz-auditor Ronaldo João Roth iniciou a votação. O presidente do Conselho
Especial de Justiça da 1ª Auditoria, coronel Flávio Turessi,
iniciou o relato de seu voto dizendo: "A sociedade está clamando, está no aguardo ansioso de uma resposta da Justiça
pelos atos praticados por esses
ex-PMs."
"Hoje estamos começando a
dar uma resposta à sociedade
pelo o que aconteceu em março do ano passado, em Diadema", disse o coronel Turessi.
Antes dele, o major Sérgio
Carlos Filho havia dito: "Estou
envergonhado com o que vi. Se
eu fosse vocês (réus), pediria
desculpas para a sociedade."
Os advogados dos réus, que
sustentaram que as filmagens,
na verdade, seriam uma armação para prejudicar os PMs,
criticaram as penas impostas
pela Justiça Militar.
(AL)
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|