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JUSTIÇA
Alvarás para casas de espetáculos são investigados
Juiz é afastado por suspeita de ligação em esquema de extorsão
DA REPORTAGEM LOCAL
O juiz Jair de Souza, da Vara da
Infância e Juventude de São Paulo, está afastado do cargo enquanto o Tribunal de Justiça (TJ) investiga sua participação em esquema de extorsão para conceder
alvarás a casas de espetáculos.
O processo corre em segredo
desde julho, quando o advogado
da casa de espetáculos Via Funchal apresentou à polícia uma
conversa que teria sido gravada
com o comissário de menores
Luiz Takayoshi Ijichi. Na fita, o
funcionário -demitido pela Corregedoria Geral da Justiça- proporia a entrega do alvará no posto
da Vara do shopping Iguatemi,
mediante pagamento de propina.
Os advogados das casas de espetáculos seriam contatados pelo
escrevente da Vara, Luís Sérgio
Schiarchero Filho, que está suspenso. Ele encaminharia os interessados a Ijichi, que providenciaria o documento com Souza.
Desde que a denúncia passou a
ser investigada pela polícia e pelo
Ministério Público Estadual, o
juiz foi transferido para o Centro
de Atendimento Judicial de
Guaianazes (zona leste). Documentos foram apreendidos.
No último dia 18, o Conselho
Superior da Magistratura, composto por presidente e vice-presidente do TJ e pelo corregedor-geral, decidiu afastar o juiz. Souza
continuará recebendo vencimentos sem trabalhar. A investigação
pode resultar na demissão dos
funcionários públicos envolvidos.
Jair de Souza não foi localizado
pela Folha. Segundo a assessoria
de imprensa da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis),
o juiz deixou registrado na associação que não queria falar com a
imprensa sobre o assunto.
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