São Paulo, sexta-feira, 25 de agosto de 2000


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JUSTIÇA
Alvarás para casas de espetáculos são investigados
Juiz é afastado por suspeita de ligação em esquema de extorsão

DA REPORTAGEM LOCAL

O juiz Jair de Souza, da Vara da Infância e Juventude de São Paulo, está afastado do cargo enquanto o Tribunal de Justiça (TJ) investiga sua participação em esquema de extorsão para conceder alvarás a casas de espetáculos.
O processo corre em segredo desde julho, quando o advogado da casa de espetáculos Via Funchal apresentou à polícia uma conversa que teria sido gravada com o comissário de menores Luiz Takayoshi Ijichi. Na fita, o funcionário -demitido pela Corregedoria Geral da Justiça- proporia a entrega do alvará no posto da Vara do shopping Iguatemi, mediante pagamento de propina.
Os advogados das casas de espetáculos seriam contatados pelo escrevente da Vara, Luís Sérgio Schiarchero Filho, que está suspenso. Ele encaminharia os interessados a Ijichi, que providenciaria o documento com Souza.
Desde que a denúncia passou a ser investigada pela polícia e pelo Ministério Público Estadual, o juiz foi transferido para o Centro de Atendimento Judicial de Guaianazes (zona leste). Documentos foram apreendidos.
No último dia 18, o Conselho Superior da Magistratura, composto por presidente e vice-presidente do TJ e pelo corregedor-geral, decidiu afastar o juiz. Souza continuará recebendo vencimentos sem trabalhar. A investigação pode resultar na demissão dos funcionários públicos envolvidos.
Jair de Souza não foi localizado pela Folha. Segundo a assessoria de imprensa da Associação Paulista de Magistrados (Apamagis), o juiz deixou registrado na associação que não queria falar com a imprensa sobre o assunto.


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