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Promotora denuncia mãe do filho de Romário por deixá-lo visitar traficante
DA SUCURSAL DO RIO
O Ministério Público Estadual
do Rio denunciou ontem o advogado Marcelo Santoro e sua irmã,
Mônica Santoro, por terem permitido que o filho de Mônica e do
jogador Romário, do Vasco, Romarinho, de apenas 11 anos, conversasse com o traficante Erismar
Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi,
chefe do tráfico na favela da Rocinha (zona sul do Rio). Romário
não foi denunciado.
Em depoimento à polícia anteontem, o advogado revelou ter
levado o menino à Rocinha quando foi se encontrar com Bem-Te-Vi. Santoro é acusado ainda de intermediar encontro de jogadores
de futebol com o criminoso.
Santoro foi denunciado sob a
acusação de crimes de corrupção
de menores, apologia ao crime e
de permitir que um menor de 18
anos conviva com pessoas viciosas (no caso, o traficante).
Já Mônica foi acusada de entregar o filho menor de 18 anos a pessoa em cuja companhia ela sabia
que o menino ficaria em perigo.
A denúncia foi encaminhada
para a 17ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
Segundo denúncia da promotora Ana Lúcia Melo, "por meio dos
acusados, a criança desenvolveu
respeito, amizade e admiração
pelo traficante Bem-Te-Vi, demonstrando uma total inversão
de valores".
O coordenador de Justiça Terapêutica do Ministério Público,
Márcio Mothé, declarou que a
Justiça definirá amanhã qual medida cautelar vai tomar em relação ao caso de Romarinho.
Mônica foi indiciada com base
no artigo 249 do Estatuto da
Criança e do Adolescente, que
trata de "descumprir dolosa ou
culposamente os deveres inerentes ao poder familiar". Caso seja
condenada, poderá pagar uma
multa de até 40 salários mínimos
ou perder a guarda do filho.
Até a conclusão desta edição, a
Folha não havia localizado os denunciados nem seus advogados
para que comentassem o caso.
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