São Paulo, quinta-feira, 25 de agosto de 2005

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Promotora denuncia mãe do filho de Romário por deixá-lo visitar traficante

DA SUCURSAL DO RIO

O Ministério Público Estadual do Rio denunciou ontem o advogado Marcelo Santoro e sua irmã, Mônica Santoro, por terem permitido que o filho de Mônica e do jogador Romário, do Vasco, Romarinho, de apenas 11 anos, conversasse com o traficante Erismar Rodrigues Moreira, o Bem-Te-Vi, chefe do tráfico na favela da Rocinha (zona sul do Rio). Romário não foi denunciado.
Em depoimento à polícia anteontem, o advogado revelou ter levado o menino à Rocinha quando foi se encontrar com Bem-Te-Vi. Santoro é acusado ainda de intermediar encontro de jogadores de futebol com o criminoso.
Santoro foi denunciado sob a acusação de crimes de corrupção de menores, apologia ao crime e de permitir que um menor de 18 anos conviva com pessoas viciosas (no caso, o traficante).
Já Mônica foi acusada de entregar o filho menor de 18 anos a pessoa em cuja companhia ela sabia que o menino ficaria em perigo.
A denúncia foi encaminhada para a 17ª Vara Criminal do Tribunal de Justiça do Rio.
Segundo denúncia da promotora Ana Lúcia Melo, "por meio dos acusados, a criança desenvolveu respeito, amizade e admiração pelo traficante Bem-Te-Vi, demonstrando uma total inversão de valores".
O coordenador de Justiça Terapêutica do Ministério Público, Márcio Mothé, declarou que a Justiça definirá amanhã qual medida cautelar vai tomar em relação ao caso de Romarinho.
Mônica foi indiciada com base no artigo 249 do Estatuto da Criança e do Adolescente, que trata de "descumprir dolosa ou culposamente os deveres inerentes ao poder familiar". Caso seja condenada, poderá pagar uma multa de até 40 salários mínimos ou perder a guarda do filho.
Até a conclusão desta edição, a Folha não havia localizado os denunciados nem seus advogados para que comentassem o caso.


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