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São Paulo, quinta-feira, 25 de setembro de 2003

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ÁGUA

Corte deve durar 24 horas e irá atingir zonas norte, oeste, leste e central de São Paulo e alguns municípios vizinhos

Obra suspende abastecimento no sábado

SIMONE IWASSO
DA REPORTAGEM LOCAL

No próximo sábado, cerca de 9 milhões de moradores de regiões das zonas norte, oeste, leste e central de São Paulo e de alguns municípios vizinhos vão ficar sem abastecimento de água por pelo menos 24 horas.
A Sabesp suspenderá o serviço para realizar obras de manutenção no sistema Cantareira, responsável por 51% do abastecimento na região metropolitana.
A manutenção será feita das 4h às 19h e a água deverá voltar às torneiras de forma gradual. A previsão é que o abastecimento esteja normalizado até domingo à noite. No entanto, caso a temperatura aumente na região, gerando um maior consumo de água, a situação deverá ser normalizada apenas na segunda-feira.
As regiões mais altas ou distantes dos reservatórios (como a zona norte) serão as últimas a terem o abastecimento normalizado.
Os bairros da zona norte e do centro serão os mais afetados, com exceção da área da avenida Paulista, que será abastecida pelo sistema Guarapiranga -devido ao grande número de hospitais na região. Também ficará sem água no sábado parte da região oeste e leste, além de alguns municípios da Grande São Paulo.
Segundo a Sabesp, dependendo do tamanho das caixas d'água das casas e apartamentos, os moradores não sentirão os efeitos do corte no abastecimento. Mesmo assim, a recomendação é para que a população economize e evite desperdiçar água lavando carros e calçadas, por exemplo.
"Gostaríamos de pedir à população que mora nas áreas mais baixas, que, pela localização, vão receber a água antes, para evitar o consumo excessivo nesse período, para ajudar quem mora nos bairros mais altos, onde os túneis demorarão mais para serem enchidos", explica Antonio Marsiglia, diretor de produção e tecnologia da Sabesp.
As obras de manutenção -feitas a cada três anos- incluem a restauração de uma viga na estação de tratamento Guaraú, a substituição de uma válvula na estação elevatória Santa Inês e o remanejamento de uma adutora na Vila Nova Cachoeirinha (zona norte). De acordo com o presidente da companhia, Dalmo Nogueira, essas obras só podem ser feitas com a suspensão temporária do abastecimento.
No período de paralisação, a companhia estima que deixará de produzir cerca de 1,6 bilhão de litros de água tratada, o equivalente a cerca de R$ 4 milhões.
Para emergências, serão destinados caminhões-tanque ou direcionamentos de água, principalmente para hospitais e postos de saúde e unidades prisionais.


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