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Alunos são feridos em ato no Rio
DA SUCURSAL DO RIO
Dois estudantes ficaram feridos
e outro foi preso na tarde de ontem no Rio, durante um protesto
contra a falta de professores na rede estadual de ensino. A manifestação ocorreu em frente ao Palácio Guanabara (Laranjeiras, zona
sul), sede do governo.
O protesto, que reuniu cerca de
mil pessoas, transcorreu tranquilamente até o início da tarde,
quando o estudante João Pedro
de Souza e Silva, 18, que estava no
carro de som, tirou as calças para
mostrar as nádegas e acabou preso por PMs. Levado para a 9ª DP
(Catete, zona sul), ele foi autuado
por ato obsceno e liberado.
Professores e alunos tentaram
impedir que os policiais levassem
Silva, dando início a um tumulto.
A PM usou cassetetes para chegar
ao jovem e dois estudantes foram
feridos. Com suspeita de fraturas
nas pernas e nas costelas, os dois
foram levados para um hospital.
Até o final da tarde de ontem, um
deles permanecia internado.
Segundo o Sepe (Sindicato Estadual dos Profissionais de Educação), a falta de professores já comprometeu o ano letivo de mais de
meio milhão de alunos. De acordo com a entidade, o déficit chega
a 26 mil professores e dez mil funcionários administrativos.
Hoje, o Ministério Público Estadual realizará uma audiência pública para discutir a carência de
professores e a redução do número de turmas, determinada pela
Secretaria Estadual de Educação a
menos de três meses do fim do
ano letivo. A secretaria nega que
haja falta de professores. Segundo
o órgão, o Estado possui hoje
88.426 mestres, o que representa
um docente para cada 17 alunos.
Segundo a secretária Darcília
Leite, o governo convocou 564
professores aprovados em concurso e contratou temporariamente 1.469 profissionais. A governadora Rosinha Matheus
(PMDB) publicou decreto autorizando a contratação de 3.330 professores em regime temporário.
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