da Folha Ribeirão

O garoto Rafael Marquesin Pereira, 12, foi atingido por um disparo de arma de fogo no pescoço quando brincava com o amigo K.O.M., 11, no bairro Alexandre Balbo 1, em Ribeirão Preto (319 km de São Paulo).
Segundo a polícia, o disparo foi acidental e ocorreu às 18h de anteontem na casa de K.O.M. A arma pertence ao padrasto de K.O.M., Lainor José Cheles.
O padrasto nega qualquer responsabilidade pelo acidente com a arma. O tiro perfurou o pescoço de Rafael. Segundo seu pai, Claudinei Gabriel Pereira, 39, o filho e o amigo resolveram fazer pipoca.
"Eles foram pegar o pacote em cima do guarda-roupa no quarto do padrasto de K.", afirmou.
De acordo com Pereira, K.O.M. pegou uma caixa preta que continha um revólver Taurus, calibre 38, com munição. Em seguida, o garoto teria segurado a arma e puxado o gatilho, atingindo Rafael.
À polícia, K.O.M. afirmou que foi Rafael quem viu a caixa, pediu para abrir e pegou o revólver.
O garoto disse ainda que a arma disparou acidentalmente quando ele tentou tomar o revólver das mãos do amigo.
Rafael está internado na unidade de emergência do Hospital das Clínicas, onde sofreu uma traqueostomia. Segundo o hospital, o estado do garoto é regular.
Até o final da tarde de ontem, ele estava se alimentando com soro.
O pai de Rafael afirmou que vai acionar um advogado e exigir na Justiça indenização pelo acidente com o filho. "Eu vou querer que me ajudem no tratamento do meu filho, que pode não voltar a falar", afirmou.
Foi instaurado inquérito no 3º Distrito Policial de Ribeirão. De acordo com o delegado do 3º DP, Celso Botelho dos Santos, Cheles será responsabilizado criminalmente pelo disparo que resultou no acidente.



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