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VIOLÊNCIA
Grupo combate tráfico em escolas
Policial de equipe
antidrogas é morto
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local
O policial civil Marcelo Nasci
mento dos Santos, 23, foi morto
com três tiros às 21h30 de anteon
tem pelo desempregado José Ivan
de Lima, 32,
Santos trabalhava no Gape (Gru
po de Apoio e Proteção à Escola)
do Denarc (Departamento Esta
dual de Investigação Sobre Narcó
ticos). Lima foi preso em flagrante.
O crime aconteceu depois que
Santos e mais três colegas do Gape
prenderam Manoel Martins Filho,
o Gordo, e uma adolescente de 16
anos, que atuaria com ele.
Os dois seriam responsáveis por
um ponto-de-venda de drogas na
favela da Vila da Praia, no bairro
Portal do Morumbi ( zona sudoes
te de São Paulo).
Os policiais do Gape, na maioria
jovens, se disfarçam de alunos das
para encontrar os passadores de
droga ("aviões") e os traficantes.
O policial Santos, que morava
em São Vicente (Baixada Santista),
era investigador do Gape desde
que deixou a academia da Polícia
Civil, dezembro de 96. Ele foi en
terrado ontem, às 16h30, em sua
cidade natal.
Segundo o delegado Mario Pran
dini Jr., diretor do Gape, Marcelo e
outros três policiais investigavam
o tráfico perto de uma escola loca
lizada na avenida Guilherme Du
mont Villares, no Portal do Mo
rumbi (zona sudoeste de SP).
Após identificarem a favela, que
fica a 600 metros da escola, como o
ponto de tráfico, os policiais foram
para lá em um Monza branco. O
carro não era da polícia.
Dois policiais, que se identifica
ram como compradores, pediram
drogas à adolescente, que foi bus
car crack com "Gordo".
Quando ela voltou, foi detida e
denunciou "Gordo". Santos e seu
parceiro o prenderam então.
Segundo Prandini, quando o ou
tro policial levava "Gordo", San
tos teria ficado perto do barraco, à
procura de mais droga.
Os policiais ouviram disparos e
encontraram Santos numa poça de
sangue, com três marcas de bala
-uma no peito e duas nas costas.
Durante as investigações, das
quais participaram 50 policiais, in
clusive quatro delegados do De
narc, um agente do 37º DP (Cam
po Limpo) foi recebeu denúncias
que apontavam Lima como o au
tor do crime. A arma usada por ele
pertencia ao vigilante José Lins de
Carvalho, 20.
Lima, que confessou o crime,
disse que não sabia que Santos era
policial. Segundo o acusado, o in
vestigador teria apontado uma ar
ma para sua cabeça, sem nada di
zer. "Fiquei com medo e atirei."
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