|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
TEM DE SABER geografia
Nova ordem não trouxe novidade
VERA LÚCIA DA COSTA ANTUNES
especial para a Folha
De 1945 (no pós 2ª Guerra
Mundial) a 1989, o mundo caracterizou-se pela bipolaridade, ou
seja, os países se dividiam em
dois blocos: o capitalista, liderado pelos EUA e o socialista, com
a liderança da URSS.
A partir de 1990, acabou a
Guerra Fria, o muro de Berlim
caiu, a URSS se desintegrou.
A isso, uniu-se o fracasso das
reformas soviéticas, a abertura
econômica dos países socialistas
e a sua pulverização, resultando
numa nova ordem mundial.
A multipolaridade, caracterizada pelo agrupamento dos países em blocos econômicos, derrubou fronteiras, mas não modificou as desigualdades entre os
ricos e os pobres. A nova ordem é
uma evolução, mas mostra que
não há nada de novo.
Nessa multipolaridade mundial, alguns blocos econômicos
já existentes se fortalecem, como
a União Européia, outros nasceram, como o Nafta (EUA, Canadá, México), o Mercosul (Brasil,
Uruguai, Paraguai e Argentina),
a Apec (Bloco do Pacífico) e outros ainda se organizam, como a
Alca.
Nessa nova ordem, que caracteriza os anos 90, é fundamental
analisarmos a globalização da
economia, o papel das multinacionais, o Estado Nação e o papel
que vem ganhando o neoliberalismo e a social-democracia.
É importante, também, analisarmos a nova dinâmica da economia mundial com os novos
países industrializados, entre os
quais se incluem o Brasil e os Tigres Asiáticos, cujo rápido processo de industrialização alterou
a fisionomia das áreas periféricas
da economia mundial e modificou o comércio internacional.
Vera Lúcia da Costa Antunes é coordenadora de geografia do Curso Objetivo.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|