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Acusada por falha anterior repete versão
da Sucursal de Brasília
O presidente da Schering do
Brasil, Rainer Bitzer, reuniu-se
ontem com o ministro da Saúde,
José Serra, e disse que a falha que
levou a empresa a vender cartelas
do anticoncepcional Microvlar
faltando pílulas está dentro do limite aceito nos padrões internacionais de produção.
"A Schering tem uma tradição
de responsabilidade e de repente
virou a bola da vez", afirmou José
Carlos Dias, advogado da empresa. Ele participou da reunião.
À tarde, antes do encontro, o
ministro havia dito que não é grave ter uma pílula a menos em uma
cartela. A gravidade, segundo ele,
está na não detecção da falta.
"Eu não quero perseguir a Schering, mas vou estar sempre do lado dos consumidores. Deu problema entre laboratório e população, vou estar sempre do lado do
consumidor", afirmou o ministro.
Segundo Serra, a Schering (não
confundir com a Schering-Plough) só seria fechada
"em uma hipótese extrema", por
ser um laboratório grande que
produz remédios importantes.
"Mas eles têm que dar um jeito
nos problemas, porque, do contrário, vão gerando insegurança e
prejudicando a si mesmos, pois fica uma má imagem do laboratório."
De acordo com o advogado da
Schering, o encontro estava marcado havia vários dias. "Viemos
dar uma satisfação dos problemas.
Mostramos que é uma falha técnica que está dentro de padrões internacionais de uma grande linha
de produção", afirmou.
Segundo Dias, o laboratório vai
aumentar o esquema de conferência de pílulas nas cartelas, provavelmente colocando mais funcionários na função.
"É importante destacar que não
se trata de defeito do produto, não
é falsificação, mas apenas falta de
um componente", afirmou.
Para cada 1 milhão de pílulas, de
acordo com a empresa, há três falhas.
"Isso está absolutamente dentro de padrões internacionais",
afirmou Dias.
O laboratório já havia tido problemas com a Microvlar. Entre janeiro e abril deste ano, anticoncepcionais de farinha, fabricados
para serem usados em teste de nova máquina de embalar, chegaram
ao mercado após suposto roubo
de mercadoria que seria incinerada. Foram produzidas 2 t de placebos -1.200 kg foram de fato usados no teste, o que equivale a cerca
de 650 mil cartelas.
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