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EDUCAÇÃO
Em acordo com congressistas, MEC aguarda até amanhã uma resposta dos grevistas sobre as propostas apresentadas
Professores recebem ultimato do governo
LEILA SUWWAN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
Os professores das universidades federais em greve receberam
um "ultimato" ontem. O governo,
que flexibilizou suas propostas, e
os congressistas, que prometeram
remanejar mais verbas do Orçamento de 2002 para a remuneração, exigiram dos docentes uma
posição até amanhã.
O ministério deixará a Andes e o
Sinasefe, sindicatos que representam os professores da universidades e escolas técnicas federais, escolherem as melhores propostas
de uma lista com quatro opções
-sem ultrapassar os valores
acertados com o Congresso.
Dentre as escolhas está um reajuste geral na tabela de vencimentos, a incorporação parcial da gratificação salarial, o reajuste da
gratificação por desempenho e a
sua extensão para os inativos, no
caso das escolas técnicas.
Os líderes partidários já negociaram R$ 250 milhões para a folha de pagamento dos docentes.
Estimam conseguir mais R$ 100
milhões, caso os professores voltem ao trabalho, reponham as aulas e garantam o vestibular.
"As nossas bases não vão culpar
só o governo. Vão cobrar também
do Legislativo a falta de uma solução", disse o deputado Gilmar
Machado (PT-MG). Para ele,
amanhã é o prazo máximo para
os grevistas indicarem qual é a
proposta que poderiam aceitar
para terminar a paralisação.
"Agora depende dos professores. Eles precisam dizer o que
querem. O tempo está se esgotando", disse o deputado Nelson
Marchezan (PSDB-RS).
Segundo o presidente da Andes,
Roberto Leher, a proposta será
analisada hoje em assembléias.
Anteontem, a secretária de Ensino Superior, Maria Helena de
Castro, disse que, se a negociação
não for rápida, há risco de perder
até os R$ 250 milhões já prometidos. Sem a verba, o ministério não
terá margem de negociação.
Cerca de 40 reitores também
ofereceram sugestões ao ministro
Paulo Renato Souza (Educação).
Vestibular adiado
A UFF (Universidade Federal
Fluminense) decidiu adiar o vestibular, com início previsto para o
dia 9 de dezembro.
A decisão foi tomada ontem pelo CEP (Conselho de Ensino e
Pesquisa). As novas datas só serão
definidas após o fim da greve.
Com a UFF, agora são três as
universidades do Rio com vestibular adiado. A UFRJ, por ordem
judicial, e a UniRio, por decisão
do Conselho Universitário.
Colaborou a Sucursal do Rio
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