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São Paulo, sábado, 25 de outubro de 2003

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Sasquati nega ter participado de atentados

DA FOLHA CAMPINAS

Manoel Alves da Silva, o Sasquati, negou que tenha participado dos atentados e sequestros e que tenha ameaçado juízes na região de Campinas. Sasquati negou também que tenha sido resgatado.
"Eu aproveitei e fugi. Isso [as suspeitas] é tudo mentira. Eu só tenho que pagar pelos crimes que já fui condenado."
Ele afirmou que faz parte da facção criminosa. "Eu sou do PCC. Quando eu estava na rua, eu procurava ajudar. Eu arrumava grana para as famílias [de membros da facção que estão presos], mas eu não faço mais nada. Faz tempo que eu não tenho contato com o PCC. Não que eles me deixaram. Minha situação está muito complicada. Eu não poderia fazer nada para eles, e eles não poderiam fazer nada por mim", disse.
Mesmo com algemas nas mãos e nos pés, Sasquati conversou de forma descontraída com jornalistas em uma sala da polícia três horas depois da prisão e revelou como fez para se esconder nos últimos meses.
"Eu achava impossível [ser preso novamente]. Apenas três pessoas sabiam onde eu estava. Alguém me traiu", afirmou.
O acusado afirma ter passado por mais de quatro cidades do Estado, desde 2002. "A polícia quase me pegou no período que eu fiquei em Araras."
Sasquati afirmou que vivia com a ajuda financeira de amigos. Em Itapetininga, ele pagou antecipado seis meses de aluguel da casa onde se escondia, o equivalente a R$ 2.100.
"Eu tentei conseguir emprego, mas não deu certo. Eu tenho alguns amigos que me emprestam dinheiro, por isso que o aluguel estava pago", afirmou, sem explicar a origem do carro que estava com ele.


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