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Acusado de matar diretor de Bangu 3 é indiciado
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
A Polícia Civil do Rio indiciou o
suposto traficante Bruno Lemos
de Carvalho, o Bruninho G-3, como sendo um dos assassinos do
diretor do presídio Bangu 3 (zona
oeste), Abel Silvério de Aguiar. O
suspeito continua solto.
Segundo as investigações, a ordem para a ação partiu de dentro
do presídio Bangu 1, onde estão
presos os principais líderes da facção criminosa CV (Comando
Vermelho). Bruninho G-3 seria
vinculado à facção.
O crime ocorreu no dia 5 de
agosto. Aguiar foi assassinado
com mais de dez tiros na avenida
Brasil, na altura de Vila Kennedy
(zona oeste). Ele foi atacado por
cinco homens armados de fuzis.
Bruninho G-3, que atua no
complexo de favelas do Alemão
(zona norte) e na Vila Kennedy
(zona oeste), foi indiciado depois
de ter sido reconhecido por foto
por uma testemunha.
Outra razão para o indiciamento foi o fato de o carro usado pelos
assassinos ter sido roubado horas
antes do crime nas proximidades
do complexo do Alemão.
Responsável pelas investigações, o delegado Paulo Passos
afirmou à Folha que G-3 agiu a
mando do traficante Aldair Marlon Duarte, o Aldair da Mangueira, um dos líderes do CV e que está preso em Bangu 1.
Segundo Passos, Aldair da
Mangueira teria pago cerca de R$
300 mil para conseguir fugir da
cadeia e a ação teria a ajuda do diretor de Bangu 3. De acordo com
as investigações, o traficante teria
entregue o dinheiro a um intermediário, que lhe disse que
Aguiar facilitaria a fuga.
A pessoa encarregada de fazer a
ponte com Aguiar seria um agente penitenciário, que ainda não foi
identificado, informou Passos.
Como o plano fracassou, Aldair
da Mangueira, segundo o delegado, ordenou a morte do diretor de
Bangu 3.
O titular da Delegacia de Homicídios Oeste, delegado Bruno Gilaberte, disse que obteve na Justiça autorização para grampear celulares que estariam sendo usados
pela quadrilha de Bruninho G-3.
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