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12% dos jovens de classes média
do DF participam de gangues
da Sucursal de Brasília
Pesquisa sobre o comportamen
to dos jovens de classe média de
Brasília divulgada ontem pela
Unesco (Organização das Nações
Unidas para a Educação, Ciência e
Cultura) revelou que 12% partici
pam de gangues.
Foram ouvidos 401 jovens de 14 a
20 anos que moram em bairros de
classe média (asas Sul e Norte, la
gos Sul e Norte, Cruzeiro e Área
Octogonal).
Para a maioria, as pessoas se reú
nem em gangues para beber
(86%), brigar com turmas rivais
(80%), fumar maconha (77%) e fa
zer pichações (74%), entre outras
atividades.
O mote da pesquisa foi o assassi
nato do índio pataxó Galdino Jesus
dos Santos, em 20 de abril. Ele foi
queimado vivo por cinco adoles
centes de classe média enquanto
dormia em uma parada de ônibus
da Asa Sul.
Questionados sobre a gravidade
de queimar mendigos, a maioria
(81%) disse que é um ato crimino
so. Outras respostas: muito grave
(15%), grave (3%) e normal
(0,2%).
Questionados sobre a gravidade
de algumas atitudes comuns do
dia-a-dia, eles se dividiram.
Nenhum item obteve percentual
maior que 45%. Seguem alguns re
sultados.
Humilhar travestis: grave (42%),
normal (27%); humilhar prostitu
tas: grave (45%), normal (26%);
humilhar homossexuais: grave
(41%), normal (25%); depredar
orelhão: crime (39%), grave
(28%); agressões em festas: muito
grave (30%), grave (34%).
A maioria (91%) respondeu que
está estudando. Sobre a qualidade
do ensino, 32% disseram que é óti
mo, 48% que é bom, 14% que é re
gular e 1% que é ruim.
Sobre violência na escola ou uni
versidade, a maioria (79%) disse
que nunca sofreu ameaças e inti
midações, 15% passaram por isso
às vezes, e 3,7%, muitas vezes.
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