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MORTE INEXPLICADA
Para juíza, acusação de erro médico está baseada em "suposição" de que cantora teria ingerido álcool e cocaína
Justiça rejeita denúncia no caso Cássia Eller
SÉRGIO RANGEL
DA SUCURSAL DO RIO
A juíza da 29ª Vara Criminal do
Tribunal de Justiça do Estado do
Rio, Maria Tereza Donatti, rejeitou ontem a denúncia do Ministério Público Estadual contra os
médicos Marcus Vinicius Gondomar de Oliveira e Jorge Francisco
Castro y Perez, acusados de terem
cometido erro médico que levou à
morte da cantora Cássia Eller.
Na decisão, a juíza alega que a
denúncia está baseada na suposição de que Cássia teria ingerido
álcool e cocaína, não provada no
exame toxicológico. A cantora
morreu aos 39 anos, após quatro
paradas cardiorrespiratórias, em
29 de dezembro de 2001.
A denúncia do Ministério Público Estadual havia sido feita pelo
promotor Alexandre Themístocles, que recomendava que os
dois médicos da Clínica Santa
Maria, que atenderam Cássia
Eller, fossem condenados por homicídio culposo (sem intenção de
matar). A clínica fica em Laranjeiras (zona sul do Rio).
Laudo
A denúncia foi feita com base
em um novo laudo pericial, divulgado no mês passado, que indicava que a primeira paradas cardiorrespiratória que Cássia sofreu
teria sido provocada pela aplicação indevida do medicamento
Plasil, que seria contra-indicado
para pessoas que tenham usado
drogas ou álcool. O caso havia sido arquivado em 2002.
A juíza diz, na sua decisão, que
as argumentações feitas pelas peritas não dão suporte à acusação.
"A denúncia tem de se basear
em dados efetivos extraídos do inquérito policial", afirma a juíza.
No documento, as legistas
apontam que amigas que conduziram Cássia à clínica disseram
aos médicos que a cantora teria
ingerido álcool e inalado cocaína.
Segundo o resultado dos exames feitos pelo Instituto Médico
Legal na época, não foi constatada
a presença de álcool ou cocaína
no corpo da cantora.
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