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Zona azul vertical criará 26 mil vagas para carros
Construção de mais de 60 garagens está prevista, inclusive em áreas como Jardins
Novos edifícios devem ser construídos pela iniciativa privada; número de vagas no sistema deve subir
de 34,5 mil para 60 mil
ALENCAR IZIDORO
DA REPORTAGEM LOCAL
O prefeito Gilberto Kassab
(DEM) anuncia hoje um plano
que, se sair do papel, deve ser a
principal mudança já feita na
vida de quem estaciona seu veículo nas ruas de São Paulo.
Ele envolve a construção de
mais de 60 garagens para implantar uma zona azul vertical.
Segundo técnicos da CET
(Companhia de Engenharia de
Tráfego), deverá contemplar
áreas nobres como Jardins,
Perdizes, Itaim Bibi, Pinheiros
e Vila Mariana.
A proposta é que os novos
edifícios de estacionamento
-incluindo pelo menos três
subterrâneos- sejam construídos pela iniciativa privada em
troca da exploração do sistema
durante décadas, mediante a
arrecadação dos valores pagos.
Os talões em papel devem ser
substituídos por sistemas eletrônicos e parquímetros. A
CET tende a ser responsável só
pela fiscalização.
A gestão Kassab diz que as
mudanças devem aumentar em
74% a quantidade de vagas de
zona azul na cidade de São Paulo -de 34,5 mil para 60 mil.
O conceito é tirar áreas de estacionamento das vias públicas, liberando mais espaço para
a circulação dos carros, e migrá-las para as garagens. Os detalhes do projeto devem ser divulgados hoje pelo prefeito.
A Folha apurou que a intenção da CET é que os novos espaços comecem a ficar prontos
em 2011, penúltimo ano do
atual mandato de Kassab.
O cronograma da prefeitura
prevê que seja lançada agora
uma consulta pública para que
as empresas interessadas se
manifestem e apresentem sugestões (inclusive da tecnologia do sistema) pelos próximos
quatro meses. Em seguida, será
lançada a licitação, que deve dividir a cidade em dez lotes.
A meta é terminar a concorrência no final do ano que vem,
para que as primeiras garagens
sejam erguidas num intervalo
de até nove meses.
Subterrâneas
O plano de Kassab deve retomar uma promessa antiga, alvo
de tentativas fracassadas e seguidos descumprimentos nos
últimos anos: a construção de
pelo menos três garagens subterrâneas, nas imediações do
Mercadão, do Pátio do Colégio
e do Teatro Municipal.
Com essas, a quantidade planejada de novos espaços de estacionamento deve chegar a 64
-em torno de metade delas no
centro expandido. Cada uma
deve ter cerca de 400 vagas.
O projeto das garagens privadas é visto com desconfiança
por algumas empresas do setor,
que alegavam falta de lucratividade em propostas anteriores
que não saíram do papel.
A tendência é que a terceirização da zona azul encareça os
custos para os motoristas. O
preço do estacionamento rotativo ficou congelado de 2001
até outubro deste ano, quando
a prefeitura reajustou a folha
de R$ 1,80 para R$ 3. Sob controle privado, os contratos poderão fixar aumento anual.
Alguns prédios de garagem
devem ser erguidos nas proximidades de estações de metrô e
terminais de ônibus -com a
justificativa de facilitar a integração dos carros com a rede de
transporte público coletivo.
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