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RIO SOB ATAQUE
Guerra continua hoje no Rio, diz PM
Cabral afirma que ataques são "ato de desespero" e que traficantes estão "perdendo território"
17.500 homens estão de prontidão, de acordo com a PM; secretário de Segurança disse que o Rio "vai virar a página"
Felipe Dana/AP Photo
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Mulher corre na favela do Jacarezinho, no bairro do Jacaré, zona norte; policiais do Core fizeram operação no local ontem
DO RIO
A Polícia Militar afirmou
que intensificará hoje as operações "de guerra" contra
ataques de criminosos no
Rio, o que pode levar à repetição de cenas de confronto a
tiros com narcotraficantes.
Questionado ontem à noite no "Jornal Nacional", da
Rede Globo, se o Rio terá um
dia melhor hoje, o governador Sérgio Cabral (PMDB)
não arriscou prognóstico.
"Eu posso garantir à população que nós estamos atentos, que é um ato de desespero [dos marginais], de desarticulação desses criminosos,
que estão perdendo território", respondeu.
Durante o dia, Cabral
anunciou que o governo vai
continuar com a instalações
de UPPs (Unidades de Polícia
Pacificadora) em favelas e
que a população deve manter a calma. Os ataques seriam represálias às unidades.
O porta-voz da PM, coronel
Lima Castro, disse que as
ações policiais não têm data
para acabar e chamou o confronto de "guerra".
"Não começamos esta
guerra, nos provocaram para
que entrássemos nela e vamos sair vitoriosos. Se demorar dois dias, ótimo, se demorar dez, 30, não será tão bom,
entretanto temos capacidade
técnica", disse.
"Continuaremos com as
operações de incursão, faremos comboios, viaturas estarão patrulhando as ruas da
cidade, haverá mais blitze, o
efetivo retirado da área administrativa continuará atuando na zona sul, na Grande Niterói e na zona oeste. Teremos ainda um aumento do
policiamento, este embarcado em ônibus, atuando na Tijuca e no Méier", afirmou
ainda o coronel.
Segundo a PM, 17.500 homens estão de prontidão e as
folgas foram reduzidas.
Apesar do clima de guerra,
o secretário de Segurança,
José Mariano Beltrame, afirmou que a cidade "vai virar
a página".
"Temos a nítida percepção
da angústia das pessoas, mas
a polícia está respondendo a
esses episódios. Não é uma
tarefa fácil", afirmou ao telejornal "RJTV", da Globo.
"Não podemos esquecer
que a repressão não resolve.
Temos que ter um plano para
que essas coisas não aconteçam mais. Quero dizer que o
trabalho de repressão tem
que ser feito, nós temos que
atender à demanda desses cidadãos que estão angustiados, mas temos que pensar
na frente", concluiu o secretário.
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