São Paulo, terça, 25 de novembro de 1997.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

CLIMA
Chuvas em Sumaré deixaram 16 desabrigados; casa de criança arrastada foi derrubada pelas águas de um córrego
Enxurrada leva garoto de 4 anos em SP

ELIAS AREDES JUNIOR
da Folha Campinas

As chuvas que atingiram a região na madrugada de ontem causaram a morte de uma criança de quatro anos em Sumaré (130 km de SP). Diversos prédios foram destelhados e árvores destruídas.
Dezesseis pessoas ficaram desabrigadas e foram instaladas em casas de parentes. Pelo menos 40 árvores de médio porte foram destruídas na área urbana.
A Prefeitura de Sumaré preparou ontem à tarde um esquema de emergência para abrigar outras possíveis vítimas no Centro Esportivo Benedito de Matos.
Segundo a Defesa Civil, 2.527 pessoas estão em áreas de risco. Até as 18h de ontem não havia chovido de novo na cidade.
Na madrugada de ontem, o Hospital Imaculada Conceição, único de Sumaré, sofreu o segundo destelhamento em 15 dias. Ninguém ficou ferido e não houve necessidade de remoção dos pacientes.
Em Campinas (99 km de São Paulo), 16 mil consumidores de 12 bairros ficaram sem energia elétrica das 2h às 7h de ontem.
A Defesa Civil registrou a ocorrência de deslizamentos de terra em três bairros da cidade: Parque Jambeiro, Jardim Lídia e Jardim Boa Esperança.
Morte
Segundo a Defesa Civil de Sumaré, o garoto Rodolfo Henrique Gomes da Silva, 4, estava em sua residência no Parque Jatobá, de população operária, quando a chuva começou, por volta das 21h de anteontem.
O ribeirão Quilombo, que cruza o bairro, transbordou e derrubou a casa em que ele morava com o pai, Edvaldo Gomes da Silva.
A quantidade de água foi tão grande que arrastou Rodolfo correnteza abaixo, segundo a Defesa Civil de Sumaré.
O corpo da criança só foi encontrado pela Defesa Civil e pelos bombeiros às 11h40 de ontem.



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice



Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.