|
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
HISTÓRIA
Para ACM, baiano, Brasil nasceu na Bahia
Senadores discutem
local da descoberta
da Sucursal de Brasília
A polêmica sobre o verdadeiro
local do descobrimento do Brasil,
levantada pela revista "IstoÉ" desta semana, pode causar divergências políticas entre o presidente do
Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), e o líder do PMDB
na Casa, Jader Barbalho (PA).
Barbalho disse ontem que está
disposto a brigar pela "correção
do equívoco histórico", se ficar
provado que o Maranhão e o Pará
foram os primeiros Estados a receber navegadores portugueses (e
não a Bahia).
Uma de suas brigas será pela mudança do local da comemoração
dos 500 anos do descobrimento do
Brasil, marcadas para ocorrer na
Bahia. ACM, em conversas com
amigos, já reagiu. Para ele, o Brasil
nasceu no seu Estado e nada vai
mudar a história.
"Se a história for reescrita, comprovando a procedência da informação do historiador português,
como é que o equívoco será mantido? Vamos continuar ensinando
errado para as crianças?", perguntou Barbalho. Ele afirmou ter o
apoio do senador José Sarney
(PMDB-AP).
Segundo a revista, dois anos antes de Pedro Álvares Cabral "descobrir" o Brasil, em 1500, aportando primeiro na Bahia, outro navegador português -Duarte Pacheco- encontrou o Brasil em uma
missão determinada pelo rei d.
Manoel 1º.
A revelação é feita no livro "A
Construção do Brasil", lançado
pelo historiador português Jorge
Couto, professor da Universidade
de Lisboa. Segundo ele, o navio de
Pacheco aportou em terras do Maranhão e, depois, Pará -na Ilha de
Marajó-, em 1498.
Perícia
Para Barbalho, o governo brasileiro "tem o dever" de fazer uma
perícia história para confirmar ou
não as informações do livro.
O importante, segundo ele, é saber se o primeiro navegador português registrou sua viagem ao
Brasil, tornando-a oficial. Se isso
ocorreu, a história pode mudar,
segundo o líder.
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice
|