São Paulo, terça, 25 de novembro de 1997.



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NOVA REPÚBLICA
Feira de artesanato da praça da República será colocada na praça Roosevelt, que deve ser demolida em janeiro
Praça condenada receberá artesãos

ANDRÉ MUGGIATI
da Reportagem Local

A praça Roosevelt (região central de SP), -para onde a prefeitura quer levar a feira de artesanato da praça da República- está condenada, segundo estudo da própria prefeitura.
Um projeto da Emurb (Empresa Municipal de Urbanização) prevê a demolição total da praça a partir de janeiro de 98, ao custo de R$ 4 milhões.
O estudo realizado pela Emurb aponta que a praça Roosevelt possui problemas de projeto, que impedem que ela dê certo.
Vários empreendimentos que já foram tentados na praça fracassaram, como a instalação de biblioteca pública, agência dos Correios e outros tipos de lojas.
O projeto de reurbanização inclui a demolição do prédio onde funciona hoje um supermercado, transformando a Roosevelt em um grande espaço aberto.
A demolição seria necessária, segundo a assessoria de imprensa da Emurb, porque o piso da praça possui muitos desníveis.
Com o piso plano, seriam plantadas árvores de pequeno porte, em canteiros e desenhada uma pista para cooper e caminhadas.
A reforma da Emurb não prevê, a princípio, a transferência dos artesãos da República para o local.
Segundo a Emurb, entretanto, há a possibilidade de acomodação da feira de artesanato no local, mesmo durante as reformas.
A retirada dos artesãos da República foi promovida pela SAR (Secretaria das Administrações Regionais). A transferência para a praça Roosevelt, porém, deverá ser feita pela Semab (Secretaria Municipal do Abastecimento), que é a responsável pela fiscalização de feiras de artesanato.
O secretário do Abastecimento, Naor Guelfi, disse ontem desconhecer o projeto que prevê a reforma da praça.
Segundo Guelfi, a feira de artesanato funcionará no novo local a partir da próxima quinta-feira.
A retirada dos camelôs e artesãos da praça da República foi ordenada pelo prefeito Celso Pitta na semana passada.
A feira de artesanato existe há cerca de 40 anos no local e funcionava de quinta-feira a domingo.
Pitta afirmou que quer transformar as praças do centro, como a Sé e a República, em locais de lazer para a população. A retirada começou na noite de domingo, depois que a maioria dos artesãos já havia desmontado as barracas.
Além de retirar os camelôs a operação, realizada em conjunto pela PM e pela Guarda Civil Metropolitana tem por objetivo diminuir a violência e o consumo de drogas na República.
Ontem, 60 guardas-civis evitavam a instalação de camelôs no local. O patrulhamento da PM, entretanto, limitava-se a dois policiais em um carro parado.



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