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NOVA REPÚBLICA
Feira de artesanato da praça da República será colocada na praça Roosevelt, que deve ser demolida em janeiro
Praça condenada receberá artesãos
ANDRÉ MUGGIATI
da Reportagem Local
A praça Roosevelt (região central
de SP), -para onde a prefeitura
quer levar a feira de artesanato da
praça da República- está condenada, segundo estudo da própria
prefeitura.
Um projeto da Emurb (Empresa
Municipal de Urbanização) prevê
a demolição total da praça a partir
de janeiro de 98, ao custo de R$ 4
milhões.
O estudo realizado pela Emurb
aponta que a praça Roosevelt possui problemas de projeto, que impedem que ela dê certo.
Vários empreendimentos que já
foram tentados na praça fracassaram, como a instalação de biblioteca pública, agência dos Correios
e outros tipos de lojas.
O projeto de reurbanização inclui a demolição do prédio onde
funciona hoje um supermercado,
transformando a Roosevelt em um
grande espaço aberto.
A demolição seria necessária, segundo a assessoria de imprensa da
Emurb, porque o piso da praça
possui muitos desníveis.
Com o piso plano, seriam plantadas árvores de pequeno porte,
em canteiros e desenhada uma pista para cooper e caminhadas.
A reforma da Emurb não prevê, a
princípio, a transferência dos artesãos da República para o local.
Segundo a Emurb, entretanto,
há a possibilidade de acomodação
da feira de artesanato no local,
mesmo durante as reformas.
A retirada dos artesãos da República foi promovida pela SAR (Secretaria das Administrações Regionais). A transferência para a
praça Roosevelt, porém, deverá
ser feita pela Semab (Secretaria
Municipal do Abastecimento),
que é a responsável pela fiscalização de feiras de artesanato.
O secretário do Abastecimento,
Naor Guelfi, disse ontem desconhecer o projeto que prevê a reforma da praça.
Segundo Guelfi, a feira de artesanato funcionará no novo local a
partir da próxima quinta-feira.
A retirada dos camelôs e artesãos
da praça da República foi ordenada pelo prefeito Celso Pitta na semana passada.
A feira de artesanato existe há
cerca de 40 anos no local e funcionava de quinta-feira a domingo.
Pitta afirmou que quer transformar as praças do centro, como a Sé
e a República, em locais de lazer
para a população. A retirada começou na noite de domingo, depois que a maioria dos artesãos já
havia desmontado as barracas.
Além de retirar os camelôs a operação, realizada em conjunto pela
PM e pela Guarda Civil Metropolitana tem por objetivo diminuir a
violência e o consumo de drogas
na República.
Ontem, 60 guardas-civis evitavam a instalação de camelôs no local. O patrulhamento da PM, entretanto, limitava-se a dois policiais em um carro parado.
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