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TRÂNSITO
Faltam sinalização e instalação de passarelas para pedestres
Prefeitura inaugura trecho que faltava da Linha Amarela no Rio
da Sucursal do Rio
A Prefeitura do Rio de Janeiro
inaugurou ontem os quatro quilômetros finais da Linha Amarela
-via expressa que liga a Barra da
Tijuca (zona sul) à zona norte do
Rio- sem concluir parte dos acessos, das passarelas para pedestres e
da sinalização.
Acabaria hoje o prazo concedido
pela Feema (Federação de Engenharia do Meio Ambiente) para
que a prefeitura fizesse adequações
ambientais exigidas pelo órgão estadual, como a retirada de pilares
do leito de três rios e a liberação de
adutoras de água que estariam
sendo pressionadas pela avenida.
Na semana passada, a Feema entrou com uma notificação na Justiça para forçar as mudanças. Segundo o vice-governador Luiz
Paulo Corrêa da Rocha (PSDB),
coordenador estadual de Infra-Estrutura, a Linha Amarela passa por
cima de dez adutoras de água, que
poderiam ser rompidas com o peso dos carros.
O prefeito Luiz Paulo Conde
(PFL) é sucessor e aliado do
ex-prefeito Cesar Maia, adversário
do governador Marcello Alencar
(PSDB). Maia e Alencar disputarão
o governo do Estado.
Conde negou, porém, que tivesse apressado a inauguração
-marcada para 4 de dezembro-
temendo um embargo da obra.
Disse que o eixo principal da avenida já está pronto, e é difícil impedir o tráfego.
"O Estado é um estado a que
chegamos. O vice-governador é
uma pessoa ociosa, gasta a maior
parte do tempo dele passeando pela Linha Amarela, é um complexo
complicado de resolver. O governo quer fazer chantagem", afirmou Conde.
Dos 36 acessos à Linha Amarela,
oito não foram concluídos. Pelo
menos seis das 11 passarelas de pedestres estão montadas provisoriamente com andaimes. A sinalização também não está totalmente
instalada.
"A obra era para ter sido concluída no ano passado, reclamaram que estava atrasada, agora reclamam que está adiantada", afirmou a secretária municipal de
Obras, Angela Fonti.
Ela disse que os pilares não estão
colocados no leito do rio, mas perto dele. Afirmou também que as
adutoras não serão prejudicadas e
que a prefeitura irá discutir o caso
na Justiça.
A prefeitura calcula que a Linha
Amarela esteja totalmente concluída em dezembro. O pedágio
começa a ser cobrado em janeiro.
A Linha Amarela tem 25 quilômetros, 15 deles construídos pela
prefeitura. O trecho restante foi interligado com avenidas já existentes. A obra custou R$ 350 milhões e
é alvo de uma CPI da Assembléia
Legislativa do Rio de Janeiro.
O vice-governador, Luiz Paulo
Corrêa da Rocha, disse que o governo não tem intenção de embargar a obra, mas quer que ela cumpra as determinações da Feema.
"Não responderei a ofensas pessoais. Acho que o prefeito tem andado pouco pela Linha Amarela,
ele precisa conhecê-la melhor."
O presidente da CPI da Linha
Amarela, deputado Paulo Melo
(PSDB), quer levar hoje a secretária Angela Fonti para depor.
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