São Paulo, terça, 25 de novembro de 1997.



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MANIFESTAÇÃO
Vereador diz que prefeito vai manter decisão
Artesãos protestam em frente à Câmara

Ormuzd Alves/Folha Imagem
A artesã Tânia da Silva Horstge, que trabalhava na República há nove anos e reclama da transferência


da Reportagem Local

A artesã Tânia da Silva Horstge, 31, vende camisetas estampadas na praça da República há nove anos. "Com esse dinheiro eu sustento os meus filhos", disse.
"Nós não somos camelôs. Os camelôs vendem contrabando, nós vendemos o fruto do nosso trabalho", afirmou a artesã.
Tânia disse que trabalha durante a semana, junto com o marido, imprimindo as camisetas para vender no fim-de-semana. Com a atividade, chega a faturar R$ 4.000 por mês.
Ontem pela manhã, Tânia e mais cerca de 200 artesãos fizeram uma manifestação na praça da República, contra a transferência para a praça Roosevelt.
Eles portavam cartazes protestando contra a transferência.
Durante a manifestação, o advogado Edson Cardoso Miranda recolheu procurações dos artesãos para ingressar com ação na Justiça para a permanência da feira no local. Miranda cobrou R$ 50,00 de cada um.
O advogado disse que alegará na Justiça que os artesãos possuem licença, concedida pela própria prefeitura, para trabalhar no local.
À tarde, cerca de 400 artesãos, segundo a Polícia Militar, fizeram nova manifestação, na Câmara dos Vereadores.
Uma comissão foi recebida pelo vereador Hanna Garib, líder do governo. A comissão pediu a permanência na República.
Eles alegaram que a praça Roosevelt tem pouca circulação de pessoas e não possui infra-estrutura, como banheiros.
No final da tarde, Garib disse que Pitta manteria a decisão de transferir os artesãos.
De acordo com ele, o prefeito fará obras de infra-estrutura na praça Roosevelt.


Colaborou a "Folha da Tarde"



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