Crise atrasa obras e afeta 2.450 famílias
da Reportagem Local

A Prefeitura de São Paulo promete retirar as 30 famílias dos contêineres em abril de 98, data em que devem ser inaugurados alguns blocos do Projeto Cingapura de São Miguel Paulista.
"Nossa idéia é arranjar moradia permanente para as famílias que hoje estão nos abrigos provisórios. Não queremos que essas pessoas fiquem mudando de casa toda hora", diz a gerente social da Sehab, Lilian Veltman.
O Cingapura de São Miguel Paulista é considerado pela Sehab uma "área pulmão", isto é, um conjunto habitacional que recebe ex-favelados que não puderam ser alojados em locais próximos ao local onde moravam -a principal filosofia do Cingapura.
Horrível
Lilian qualifica a situação das famílias nos contêineres de "horrível" e diz que o atraso na entrega do Cingapura de São Miguel Paulista reflete a má situação financeira da prefeitura.
"Estamos com todas as obras em atraso por causa da crise. Mas nesse caso específico (de São Miguel Paulista) também tivemos problemas na regularização da área", afirma.
Segundo Lilian, a prefeitura vai alojar em Cingapuras todas as 320 famílias que hoje estão morando em abrigos provisórios em um prazo máximo de oito meses.



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