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Três policiais são mortos em Goiânia
DA AGÊNCIA FOLHA
Três policiais civis foram mortos na manhã de ontem, em Goiânia, a poucos metros da Delegacia
de Crimes contra o Patrimônio,
na região central da capital.
Henrique Borges Machado,
Marco Aurélio Faustino D. da Silva e Wander Ribeiro Franco foram atingidos por disparos na cabeça quando chegavam à delegacia, por volta das 8h30, em um
veículo Gol. Segundo a Polícia Civil, Machado -que é investigador desde 91- havia recebido
ameaças de morte recentemente.
A polícia não soube informar de
onde partiram os tiros. O carro,
desgovernado, bateu em um telefone público e em uma árvore. Segundo dados preliminares, das
três pistolas que os investigadores
levavam, duas estavam dentro do
carro e uma do lado de fora.
Mesmo com a rua movimentada, ninguém se apresentou para
testemunhar o caso. Funcionários
de uma oficina mecânica próxima
ao local disseram que não ouviram os tiros e só viram o carro
quando já estava batido.
Segundo o secretário estadual
da Segurança Pública e Justiça,
Demóstenes Xavier Torres, os policiais investigavam crimes contra
a fazenda pública, trabalhando no
desmantelamento de máfias no
Estado. "Entre os casos de maior
repercussão estão a fraude contra
o Instituto de Previdência Social,
o esquema de notas fiscais falsificadas ou adulteradas envolvendo
prefeituras do interior e, mais recentemente, a máfia dos combustíveis," afirmou.
Para Torres, a hipótese mais
coerente é a de que os três tenham
sofrido um atentado. "A Delegacia do Patrimônio lida constantemente com essas máfias em atividade no Estado. Nos últimos dois
anos foi responsável pelo ressarcimento de mais de R$ 300 milhões
desviados por atividade criminosa aos cofres públicos. Também
podem estar querendo impressionar delegados envolvidos nesses
casos", disse o secretário.
O delegado da divisão de homicídios, Gilberto Ferro, não acredita em emboscada. "Estamos fazendo um exame necrológico minucioso e ainda dependemos do
resultado da perícia. O mais provável é que tenha havido um desentendimento entre eles."
(ADRIANA CHAVES)
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