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Para sindicato,
diretor impede
as contenções
DA REPORTAGEM LOCAL
Antônio Gilberto da Silva,
presidente do sindicato dos
trabalhadores da Febem (Sitraemfa), afirma que um dos
motivos das recentes rebeliões
registradas na unidade de
Franco da Rocha é uma orientação do diretor da unidade,
Wanderlei Vieira de Souza.
Segundo o sindicalista, Souza
impede os monitores de conter
os adolescentes quando estes
tentam se rebelar.
"Ele já avisou que não autoriza contenção, e os funcionários
ficam com medo de conter os
adolescentes porque isso pode
gerar o confronto."
O presidente da Febem, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa,
nega que essa seja a conduta de
Souza. Diz que a acusação é
uma tentativa de responsabilizá-lo pelos recentes motins.
Medo de confronto
O representante dos funcionários admite que um grupo
pequeno de monitores pode
estar sendo omisso quando os
adolescentes tentam se rebelar.
Mas essa atitude, diz o sindicalista, decorre do fato de eles temerem que a contenção acabe
em confronto.
Para Silva, as acusações de facilitação de rebelião são injustas, uma vez que o número de
funcionários por plantão caiu
de aproximadamente 15 para
quatro, nos últimos meses.
Com uma equipe reduzida,
diz ele, é praticamente impossível conter as tentativas de arrombar as portas das celas.
O sindicalista afirma ainda
que os menores costumam arrombar as grades das celas com
pedaços de ferro que são retirados das camas (espécie de catres feitos de cimento).
De acordo com Silva, as rebeliões só não começaram a ocorrer em outubro, quando a equipe foi reduzida, porque os adolescentes ainda estavam "aterrorizados" pela política de contenção extrema adotada durante a gestão dos dois últimos
presidentes da Febem, Saulo de
Abreu (hoje na Segurança Pública) e Maria Luiza Granado
(indicada por ele para o cargo).
O presidente do sindicato dos
trabalhadores da Febem ressalta que o novo presidente da Febem tem todo o seu apoio.
(GA)
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