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Músico acha bandas mais democráticas
da Reportagem Local
"Eu sou da lira, não posso negar". O trecho da música "Ó Abre
Alas", de Chiquinha Gonzaga, se
aplica à história de Luiz Platini, 61.
Há mais de 30 anos ele toca no
Carnaval paulistano. "Lira" é uma
das maneiras de chamar as bandas de sopro e ritmo que saem pelas ruas durante a festa.
"Seu" Luiz já tocou tuba e saxofone na maioria das bandas de
Carnaval de São Paulo. Marchinhas carnavalescas e sambas antigos fazem parte da sua vida.
Não que ele seja contra escolas
de samba, trios elétricos ou o ritmo do Carnaval de hoje. "Só não
tenho paciência para assistir a
desfiles e, nos trios elétricos, o que
conta é o ídolo que está lá em cima, não a música", diz.
Para ele, as bandas de rua são
mais democráticas, porque nelas
não há um compromisso de gastar dinheiro. Além disso, "seu"
Luiz gosta da improvisação. "Formar uma banda de rua é como
formar um time de futebol para
disputar uma pelada", afirma.
O fôlego para tocar, ele afirma
que encontra na paixão. "Carnaval é como pescaria: só participa
quem gosta muito", diz. "Seu"
Luiz faz 62 anos na segunda-feira
de Carnaval e não pretende largar
a lira tão cedo.
(MV)
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