São Paulo, sábado, 26 de fevereiro de 2000


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Músico acha bandas mais democráticas

da Reportagem Local

"Eu sou da lira, não posso negar". O trecho da música "Ó Abre Alas", de Chiquinha Gonzaga, se aplica à história de Luiz Platini, 61. Há mais de 30 anos ele toca no Carnaval paulistano. "Lira" é uma das maneiras de chamar as bandas de sopro e ritmo que saem pelas ruas durante a festa.
"Seu" Luiz já tocou tuba e saxofone na maioria das bandas de Carnaval de São Paulo. Marchinhas carnavalescas e sambas antigos fazem parte da sua vida.
Não que ele seja contra escolas de samba, trios elétricos ou o ritmo do Carnaval de hoje. "Só não tenho paciência para assistir a desfiles e, nos trios elétricos, o que conta é o ídolo que está lá em cima, não a música", diz.
Para ele, as bandas de rua são mais democráticas, porque nelas não há um compromisso de gastar dinheiro. Além disso, "seu" Luiz gosta da improvisação. "Formar uma banda de rua é como formar um time de futebol para disputar uma pelada", afirma.
O fôlego para tocar, ele afirma que encontra na paixão. "Carnaval é como pescaria: só participa quem gosta muito", diz. "Seu" Luiz faz 62 anos na segunda-feira de Carnaval e não pretende largar a lira tão cedo. (MV)


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