São Paulo, quinta-feira, 26 de fevereiro de 2004

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Em 6 anos, nš de mortos triplicou

DA SUCURSAL DO RIO

Em seis anos, o número de pessoas mortas pela polícia do Rio triplicou. Desde 1998, a Polícia Civil classifica como "auto de resistência" as mortes em confronto.
Para a Secretaria de Segurança Pública, o crescimento é porque a polícia está combatendo a criminalidade, o que aumenta os confrontos. Em 2003, foram mortos 1.195 supostos criminosos, 32,7% a mais do que os 900 mortos de 2002, até então um recorde.
Em novembro do ano passado, em seu programa semanal de rádio, o secretário Anthony Garotinho comemorou: "Não quero que morra ninguém. O desejo do meu coração é que haja paz, mas, enquanto houver gente pelo caminho do mal, a polícia deve agir para dar paz às outras pessoas."
Para lavrar um auto de resistência, basta que um policial registre a ocorrência e que outros dois se apresentem como testemunha. Não há uma investigação.


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