Luiz Carlos Murauskas/Folha Imagem

O presidente da Vai-Vai, Sólon Tadeu, comemora nota durante apuração

MARTA AVANCINI
MARCELO OLIVEIRA
da Reportagem Local

A Vai-Vai é a campeã do Carnaval de São Paulo deste ano. Com notas dez em quase todos os quesitos, a escola somou 298,5 pontos superando em 6,5 pontos a segunda colocada e vice-campeã, Nenê de Vila Matilde.
Desde 1988, quando a Vai-Vai superou, por três pontos de diferença a Camisa Verde e Branco e a Mocidade Alegre, não havia uma diferença tão grande de pontos.
O resultado confirmou as expectativas, já que as duas escolas deixaram o Sambódromo no último sábado como favoritas.
"É um desabafo. No ano passado perdemos por meio ponto, mas todo mundo viu que o nosso Carnaval foi melhor", disse Sólon Tadeu Pereira, presidente da Vai-Vai, referindo-se à controvertida vitória da X-9 em 97.
A surpresa ficou por conta da Camisa Verde e Branco, que terminou como terceira colocada. A escola, uma das mais tradicionais de São Paulo, havia sido rebaixada em 96 e voltou para o Grupo Especial este ano, depois de ter sido a campeã do Grupo 1 em 97.
Este ano, subiram do Grupo 1 para o Especial a Águia de Ouro e a Imperador do Ipiranga.
Apesar de esperado, o resultado final acabou sendo resultado de muita polêmica e discussão, pois duas fortes concorrentes ao título, a Gaviões da Fiel e a X-9, perderam cinco pontos cada uma por ter descumprido o regulamento.
A Gaviões foi a mais prejudicada pela punição porque, se não tivesse perdido os pontos, seria a vice-campeã, somando 294 pontos.
A Gaviões foi punida porque a ala das baianas tinha menos integrantes que o estabelecido -ela desfilou com 28 baianas, quando o mínimo é 50. A escola acabou admitindo que tinha número menor de baianas do que o permitido.
A X-9 perdeu pontos porque levou para a avenida três casais de mestre-sala e porta-bandeira carregando pavilhões (bandeiras) oficiais. O regulamento permite que apenas um casal carregue o pavilhão oficial.
Para o presidente da X-9, Laurentino Borges Marques, o desconto dos pontos caracteriza perseguição contra a escola e promete entrar com recurso. "No ano passado saímos do mesmo jeito e ninguém falou nada."



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