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Chefe de polícia do Rio defende união anti-PCC
DA REPORTAGEM LOCAL
O chefe de Polícia Civil do Rio,
Álvaro Lins, defendeu ontem
uma atuação conjunta entre os
Estados do Sudeste contra o PCC
(Primeiro Comando da Capital),
após participar de seminário em
São Paulo sobre sequestros.
Para o delegado, a consolidação
da aliança entre o PCC paulista e
Comando Vermelho (RJ), em andamento, segundo a inteligência
fluminense, ""geraria o caos nas
investigações criminais".
""Imagine um marginal de São
Paulo agindo no Estado e depois
indo se esconder em uma favela
do Rio, protegido pelo Comando
Vermelho, e vice-versa", disse.
Segundo Lins, essa articulação
poderia ser feita por meio do
Conselho de Segurança da Região
Sudeste, que reúne secretários da
Segurança dos quatro Estados e
que hoje não é deliberativo.
A polícia do Rio descobriu a
aproximação entre as duas facções ao prender integrantes do
PCC planejando ações de sequestro com integrantes do CV.
Nenhuma ação desse tipo, por
enquanto, ocorreu em São Paulo,
de acordo com o delegado Godofredo Bittencourt, do Deic (Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado). ""Estamos investigando isso,
mas não encontramos nada."
Os delegados discutiram sobre
ações contra sequestros, no auditório do Instituto Fernand Braudel. Empresários, membros de
entidades civis e pesquisadores
participaram do evento.
Investimentos em tecnologia,
principalmente na área de telefonia, treinamento de policiais e
parcerias com a iniciativa privada
foram as principais palavras do
encontro. ""O Disque-Denúncia é
a bala perdida do bandido. Ele
não tem como se defender", afirmou Zeca Borges, fundador desse
serviço no Rio. Na época, o Estado
enfrentava surto de sequestros.
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