São Paulo, terça-feira, 26 de março de 2002

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Chefe de polícia do Rio defende união anti-PCC

DA REPORTAGEM LOCAL

O chefe de Polícia Civil do Rio, Álvaro Lins, defendeu ontem uma atuação conjunta entre os Estados do Sudeste contra o PCC (Primeiro Comando da Capital), após participar de seminário em São Paulo sobre sequestros.
Para o delegado, a consolidação da aliança entre o PCC paulista e Comando Vermelho (RJ), em andamento, segundo a inteligência fluminense, ""geraria o caos nas investigações criminais".
""Imagine um marginal de São Paulo agindo no Estado e depois indo se esconder em uma favela do Rio, protegido pelo Comando Vermelho, e vice-versa", disse.
Segundo Lins, essa articulação poderia ser feita por meio do Conselho de Segurança da Região Sudeste, que reúne secretários da Segurança dos quatro Estados e que hoje não é deliberativo.
A polícia do Rio descobriu a aproximação entre as duas facções ao prender integrantes do PCC planejando ações de sequestro com integrantes do CV.
Nenhuma ação desse tipo, por enquanto, ocorreu em São Paulo, de acordo com o delegado Godofredo Bittencourt, do Deic (Departamento Estadual de Investigações sobre o Crime Organizado). ""Estamos investigando isso, mas não encontramos nada."
Os delegados discutiram sobre ações contra sequestros, no auditório do Instituto Fernand Braudel. Empresários, membros de entidades civis e pesquisadores participaram do evento.
Investimentos em tecnologia, principalmente na área de telefonia, treinamento de policiais e parcerias com a iniciativa privada foram as principais palavras do encontro. ""O Disque-Denúncia é a bala perdida do bandido. Ele não tem como se defender", afirmou Zeca Borges, fundador desse serviço no Rio. Na época, o Estado enfrentava surto de sequestros.



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