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Entrada na política ocorreu em 95
da Redação
Criação de Paulo Maluf, que o
nomeou secretário das Finanças e
depois o indicou como seu sucessor, o carioca Celso Roberto Pitta
do Nascimento, 52, primeiro filho
do comerciante de automóveis Vitor Pitta do Nascimento e da professora de desenho Zuleika da Rocha Pitta do Nascimento, não tem
passado político.
Escolhido para cuidar do cofre
da prefeitura, em 1992, por suas
qualidades profissionais (era uma
pessoa de "ultraconfiança" da família, nas palavras de Paulo Maluf), Pitta só havia participado de
uma eleição na vida. Em chapa
única, fora eleito síndico do prédio
onde morava.
Introvertido, reservado, quieto,
discreto. São esses os adjetivos
usados por amigos para definir o
prefeito. Alguns arriscam uma explicação para o temperamento de
Pitta: criado com os confortos oferecidos por uma família de classe
média, ele sempre frequentou, em
posição minoritária, ambientes
dominados por brancos -nas escolas, nas universidades e nos postos de trabalho que ocupou.
Em sua turma na Faculdade de
Economia e Administração da
UFRJ (Universidade Federal do
Rio de Janeiro), por exemplo, havia dois negros entre os 50 alunos.
Pitta passou pela UFRJ entre
1965 e 1968. Em plena efervescência política e cultural, ele é lembrado por seus colegas como uma pessoa extremamente dedicada ao
curso e ao futuro profissional.
Pitta integrava um grupo de estudos que, após as aulas, se reunia
em casa para aprofundar as discussões acadêmicas.
Em 1969, Pitta vai trabalhar na
subsecretaria de Assuntos Internacionais do Ministério do Planejamento. Em 1971, com licença remunerada do Ministério do Planejamento, conclui, na Universidade
de Leeds, na Inglaterra, o mestrado
em economia dos transportes, defendendo tese sobre a estrada
Transamazônica. Casa-se, em
Londres, com Nicéa Camargo.
Em março de 1987, muda-se para
São Paulo, onde ocupa o cargo de
diretor financeiro da Eucatex, empresa da família Maluf. O convite
para o cargo foi feito por Roberto
Maluf, irmão de Paulo Maluf. No
penúltimo dia de 92 é convidado
pelo então prefeito eleito Paulo
Maluf para o cargo de secretário
das Finanças do município. Em
1995, por sugestão de Maluf, filia-se ao PPR, que posteriormente viraria o PPB. No final do ano, também estimulado pelo prefeito, lança-se pré-candidato à disputa pela
Prefeitura de São Paulo.
Ao lado de outros pré-candidatos, Pitta se submete a uma série de
testes e pesquisas e, em abril de 96,
é escolhido por Maluf como o seu
candidato à prefeitura. Aparece
nas primeiras pesquisas eleitorais
com 2%, 3% das intenções dos votos. No dia 3 de outubro, obtém
mais de 48% dos votos válidos.
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