São Paulo, domingo, 26 de abril de 1998

Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Efeitos do fumo são piores em mulheres

especial para a Folha

Os efeitos do cigarro são ainda mais devastadores entre as mulheres. Se o risco de infarto é três vezes maior entre os homens fumantes do que entre os não fumantes, essa diferença chega a seis vezes entre as mulheres.
O cigarro bloqueia parte do efeito protetor que o hormônio feminino estrógeno têm sobre as artérias coronárias das mulheres que estão em idade fértil e, com isso, aumenta os riscos de formação de placas e de problemas cardíacos.
Se a mulher já têm níveis elevados de colesterol, a situação é ainda mais crítica.
A nicotina do cigarro têm um efeito potencializador sobre os níveis elevados de colesterol no organismo.

Anticoncepcional
Mulheres que fumam e que usam anticoncepcional oral também estão mais expostas a problemas de embolismo pulmonar.
O cardiologista Abrão Cury, explica que, como o cigarro também altera a irrigação dos ovários, a mulher fumante pode entrar na menopausa antes do que a mulher que não fuma. A osteoporose também é mais intensa.
Além disso, durante a gravidez, como o cigarro altera a irrigação da placenta, ela pode não dar conta de nutrir adequadamente o bebê, o que leva a maior risco de parto prematuro e de a criança nascer com peso abaixo do normal.
Filhos de mães fumantes têm mais problemas respiratórios e enfrentam maior chance de também se tornarem fumantes.
Segundo o cardiologista, a pele da mulher que fuma sofre mais com o cigarro.
Cury afirma que há uma perda mais evidente da vitalidade e elasticidade. Como a circulação nos vasos da pele fica alterada, os processos de cicatrização são mais complicados.
(JB)



Texto Anterior | Próximo Texto | Índice


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Agência Folha.