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Professores da
USP vão parar a
partir de amanhã
DA REPORTAGEM LOCAL
DAS REGIONAIS
Professores e funcionários da
USP (Universidade de São Paulo) iniciam amanhã uma greve
por tempo indeterminado. Já
funcionários e docentes da
Unicamp decidiram paralisar
suas atividades a partir de hoje.
A greve atinge ainda a maioria dos campi da Unesp (Universidade Estadual Paulista).
Segundo Milton Vieira do Prado Jr., coordenador do Fórum
das Seis, entidade que representa as três universidades estaduais paulistas e o Centro
Paula Souza, só os campi de
São José dos Campos, Araçatuba e Botucatu têm greve apenas
de funcionários. "Nos demais
campi da Unesp, a greve é de
professores e funcionários",
afirmou Prado. Nas unidades
de Franca e Araraquara, os alunos estão sem aulas desde a última segunda-feira.
As categorias decidiram entrar em greve em assembléias
realizadas ontem pelos sindicatos de funcionários e docentes
das universidades. Em duas
reuniões com o Cruesp (Conselho de Reitores das Universidades Estaduais Paulistas), a
proposta apresentada foi de
reajuste de 0%.
As principais reivindicações
dos servidores são um plano de
carreira, cargos e salários, reajuste salarial de 16%, a contratação de funcionários e o fim
da terceirização. Eles também
pedem investimentos em infra-estrutura.
Uma nova rodada de negociações com o Cruesp está marcada para a próxima sexta. Depois desse novo encontro, serão realizadas assembléias na
próxima segunda-feira para a
avaliação das propostas.
Em 2003, professores das três
universidades paulistas paralisaram parcialmente as atividades por 52 dias contra mudanças na aposentadoria dos servidores prevista na proposta de
reforma da Previdência.
Reajuste zero
A justificativa do Cruesp para
a apresentação de 0% de reajuste é a falta de margem de recursos para promover a reposição e o comprometimento total
da folha de pagamento.
O reitor da Unicamp e presidente do Cruesp, Carlos Henrique de Brito Cruz, disse que
não há como oferecer reajuste
agora para os funcionários.
"Estamos com 95% do orçamento comprometido com a
folha de pagamento", afirmou.
A assessoria de imprensa da
USP informou que está "fora
de cogitação" a discussão sobre
o reajuste na reunião de sexta.
A assessoria da Unesp não comentou o assunto.
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