São Paulo, sexta, 26 de junho de 1998

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Número de assaltos a bilheterias cai 50%

da Redação

De um total de 295 roubos a bilheterias do Metrô no ano passado, o número de registros caiu para 99 crimes desse tipo até ontem, o que representa, proporcionalmente, uma queda de quase 50%.
Segundo o delegado-titular da Delpom (Delegacia de Polícia do Metrô) , Valdir de Oliveira Rosa, 43, um dos motivos que podem ter levado a essa queda é a solução de grande parte dos crimes.
"Já esclarecemos cerca de 80% dos roubos do ano passado e quase 70% dos crimes deste ano", disse. Com isso, a polícia efetuou 19 prisões no ano passado e mais de 15 detenções só neste ano, segundo Rosa.
Os dois grandes roubos feitos por quadrilhas neste ano -à estação Marechal Deodoro, em março, e à estação Jabaquara, na semana passada-, são creditados pela polícia a um mesmo bando.
"O modo como os ladrões agiram nos dois casos é igual, o que nos leva a investigar uma mesma quadrilha", disse o delegado.

Mais visadas
As estações com maior incidência de roubo são Vila Matilde, Penha e Guilhermina-Esperança.
"Mas mesmo esses locais têm registrado menos ocorrências porque temos solucionado mais crimes", declarou.
Rosa ressalta que não é fácil assaltar uma estação de metrô. "Há os seguranças da companhia, policiais militares do lado de fora, circuitos de TV na maioria das estações e até investigadores da Delpom de "campana'."
Além disso, um roubo a mão armada tem pena prevista no Código Penal de 5 anos e 4 meses.

Sem violência
Um caso como o de ontem, que acabou com uma vítima, não é comum nas estatísticas de roubos às bilheterias.
"Na maioria das vezes, o ladrão anuncia o assalto ao bilheteiro, e os outros passageiros que estão na fila nem percebem", disse o delegado do Metrô.
Além disso, os funcionários da companhia são orientados pelo sindicato da categoria e pelo próprio Metrô a não reagirem a assaltos a mão armada.
"Normalmente, o valor que fica nas bilheterias é baixo, inclusive em passagens", disse.



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