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IC analisa balas achadas com promotor
MARCELO GODOY
da Reportagem Local
O IC (Instituto de Criminalística) está comparando 39 cápsulas
de balas deflagradas de calibre 380
apreendidas na casa do promotor
Igor Ferreira da Silva, 31, com as
duas do mesmo calibre achadas ao
lado do corpo de sua mulher, a advogada Patrícia Aggio Longo, 27.
O objetivo dos peritos é saber se
as cápsulas das balas foram disparadas pela mesma pistola semi-automática. Esse é o principal laudo
esperado pelos investigadores do
assassinato de Patrícia.
A advogada, que estava no oitavo mês de gestação, foi morta com
dois tiros na cabeça, no último dia
4 de junho, no condomínio Shangrilá, em Atibaia (65 km ao norte
de São Paulo).
Na versão do promotor, um homem abordou sua picape, mandou-o descer, entrou no carro, sequestrou sua mulher e a assassinou. "Meu cliente sofreu uma
perda enorme. Ele não pode ser
desmoralizado", disse o advogado de Igor, Roberto Grassi.
O exame dos peritos irá comparar a marca deixada pelo cão da
arma (espécie de gatilho que dispara as balas) nas cápsulas ao dispará-las. Cada cão deixa uma marca particular.
As cápsulas estão sendo analisadas por um microscópio eletrônico. Os exames poderão terminar
nesta semana.
As cápsulas foram apreendidas
no último sábado. Os policiais as
encontraram durante uma operação autorizada por um mandado
de busca e apreensão expedido pelo Tribunal de Justiça. O objetivo
do mandado era achar provas relacionadas ao crime.
Naquele dia, o promotor e seu
irmão, o advogado Eger Ferreira
da Silva, foram presos em flagrante sob a acusação de portar ilegalmente uma arma de uso privativo
das Forças Armadas, uma pistola
calibre 9 mm. Ambos foram soltos
anteontem pela Justiça.
Camisa
Além das cápsulas, os peritos do
IC também estão examinando
uma camisa manchada e uma mala, apreendidas na casa de Igor.
Os peritos não acharam nenhum
vestígio de chumbo e cobre na camisa. A presença desses metais indicaria que a pessoas que usou a
roupa disparou uma arma de fogo.
O IC também examinará as
manchas a fim de saber se são
manchas de sangue. O resultado
desse exame, requisitado pela Procuradoria Geral de Justiça, ainda
não está pronto.
A mala também será alvo de análise para saber se nela existem resíduos de chumbo e de cobre. A mala estaria no interior da picape do
promotor no dia do crime.
A procuradoria enviou ainda ao
IC fotografias do promotor tiradas
no dia do crime para descobrir se
o terno que ele estava usando é o
mesmo que foi apreendido.
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