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JUSTIÇA
Marcelo Martins foi inocentado da morte de adestrador
Ministério Público quer anular julgamento de skinhead absolvido
DA FOLHA ONLINE
O Ministério Público entrou
com apelação no Tribunal de Justiça para que o skinhead Marcelo
Pereira Martins, 20, seja levado a
um segundo julgamento.
Martins foi absolvido da acusação de participação no assassinato do adestrador Edson Neris da
Silva, no dia 6 de fevereiro de
2000, na praça da República (centro de São Paulo).
Na madrugada de ontem, o juiz
Luiz Fernando de Barros Vidal
condenou o skinhead apenas por
formação de quadrilha e lesão
corporal. Martins não teria sido
reconhecido pelo sobrevivente.
O julgamento ocorreu no plenário sete do 1º Tribunal do Júri de
São Paulo, no Fórum da Barra
Funda (zona oeste). O Tribunal
de Justiça pode acatar o recurso
da promotoria e anular a decisão.
Carecas
O adestrador foi espancado até
a morte por integrantes do grupo
Carecas do ABC porque estava
andando de mãos dadas com outro homem, Dário Pereira Neto,
que conseguiu fugir.
Minutos após o crime, a polícia
prendeu 18 suspeitos (duas mulheres e 16 homens) em um bar. A
ação foi atribuída a todo o grupo.
Um ano depois do episódio, em
fevereiro deste ano, Juliano Filipini Sabino, 29, e José Nilson Pereira da Silva, 28, foram condenados
a 21 anos de prisão pelo assassinato do adestrador de cães e por formação de quadrilha.
Marcelo Milani, promotor responsável pela acusação, afirmou,
na época, que a condenação havia
sido a primeira no Brasil por intolerância sexual. O julgamento dos
outros acusados deverá acontecer
até o final deste ano.
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