São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2001

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JUSTIÇA

Marcelo Martins foi inocentado da morte de adestrador

Ministério Público quer anular julgamento de skinhead absolvido

DA FOLHA ONLINE

O Ministério Público entrou com apelação no Tribunal de Justiça para que o skinhead Marcelo Pereira Martins, 20, seja levado a um segundo julgamento.
Martins foi absolvido da acusação de participação no assassinato do adestrador Edson Neris da Silva, no dia 6 de fevereiro de 2000, na praça da República (centro de São Paulo).
Na madrugada de ontem, o juiz Luiz Fernando de Barros Vidal condenou o skinhead apenas por formação de quadrilha e lesão corporal. Martins não teria sido reconhecido pelo sobrevivente.
O julgamento ocorreu no plenário sete do 1º Tribunal do Júri de São Paulo, no Fórum da Barra Funda (zona oeste). O Tribunal de Justiça pode acatar o recurso da promotoria e anular a decisão.

Carecas
O adestrador foi espancado até a morte por integrantes do grupo Carecas do ABC porque estava andando de mãos dadas com outro homem, Dário Pereira Neto, que conseguiu fugir.
Minutos após o crime, a polícia prendeu 18 suspeitos (duas mulheres e 16 homens) em um bar. A ação foi atribuída a todo o grupo.
Um ano depois do episódio, em fevereiro deste ano, Juliano Filipini Sabino, 29, e José Nilson Pereira da Silva, 28, foram condenados a 21 anos de prisão pelo assassinato do adestrador de cães e por formação de quadrilha.
Marcelo Milani, promotor responsável pela acusação, afirmou, na época, que a condenação havia sido a primeira no Brasil por intolerância sexual. O julgamento dos outros acusados deverá acontecer até o final deste ano.



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