São Paulo, sábado, 26 de julho de 2003 |
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Menino fica paraplégico aos 4 anos
DA REPORTAGEM LOCAL Em 17 de outubro de 2000, o garoto Rodrigo Miranda da Silva, 7, acordou eufórico: iria ganhar sua primeira chuteira. Enquanto esperava pelo pai, sentado em frente ao bar da família, na Vila Brasilândia (zona norte), foi vítima de uma bala perdida, que o deixou paraplégico. O tiro perfurou os dois pulmões e a medula óssea. Hoje, o garoto que sonhava ser jogador de futebol urina por meio de sondas e usará fraldas para o resto da vida. A renda da família não chega a R$ 500. Só de fraldas e remédios para o filho, Miranda diz que gasta R$ 400. "A gente se vira fazendo bicos. Fome a gente não passa." A família luta para conseguir trocar a cadeira de rodas do garoto, já que a dele, comprada há três anos, ficou pequena. O estudante de administração Carlos Awada, 26, também é outra vítima da violência. Em 96, ele voltava para casa de carona com um amigo, quando o carro deles se envolveu em um acidente, no Capão Redondo (zona sul). Segundo Awada, o motorista do outro carro, após uma discussão, atirou contra ele. Sete anos após ficar paraplégico, Awada tornou-se um atleta, entrou na faculdade e trabalha no telemarketing do Albert Einstein. "Não foi fácil, mas dei a volta por cima." Texto Anterior: Saúde: Tiros lideram causa de lesão medular em SP Próximo Texto: Acidente de trânsito é mais letal Índice |
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