São Paulo, quinta-feira, 26 de julho de 2007

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Tom Jobim pode praticamente dobrar volume de passageiros

JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO

MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL

Ao contrário do cenário de saturação de Congonhas, o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, opera com capacidade ociosa, mas ainda é preterido por boa parte das companhias aéreas. Em 2006, o fluxo de passageiros foi de 8,8 milhões. Com a infra-estrutura atual, o aeroporto pode operar com 15 milhões de passageiros ao ano.
A restrição da operação em Congonhas para 33 movimentos por hora significa realocação em outros aeroportos de 4 milhões de passageiros ao ano, segundo fontes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Atualmente, o Tom Jobim tem 180 a 200 vôos diários. Segundo a Infraero, tem condições de aumentar esse montante em mais 200 vôos diários.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, o Tom Jobim pode recuperar a posição de centro de distribuição de vôos internacionais que ocupou durante a década de 1980.
O aeroporto foi perdendo espaço na preferência de usuários e de companhias com a construção de Cumbica e com a alocação de vôos domésticos no Santos Dumont, no centro do Rio. Em 2002 chegou a operar com 16,13 milhões de passageiros, número que no ano seguinte caiu para 4,6 milhões.
Segundo Pedro Azambuja, superintendente da Infraero, a Gol representa 60% das operações do aeroporto. De acordo com a empresa, 170 mil passageiros utilizaram o aeroporto em 2006. A TAM é a segunda empresa nacional que mais utiliza o aeroporto, com 36% das operações.
Na avaliação de Azambuja, para o aeroporto do Rio deslanchar falta atrair mais vôos domésticos, o que facilita a distribuição de passageiros.
O principal diferencial do Tom Jobim em relação aos demais aeroportos é a capacidade de ampliação. O Terminal 2 opera com dois terços da capacidade e o Terminal 1 com 70%. Com o uso integral, a capacidade do aeroporto sobe para 20 milhões de passageiros.
"Um aeroporto não deve nunca operar no limite de sua capacidade. O projeto do Tom Jobim permite ainda a construção de um novo terminal e de uma nova pista, o que elevaria a capacidade para 40 milhões de passageiros/ano. Não há risco de expansão imobiliária porque ele está cercado de mar", disse Azambuja. A pista principal tem 4.000 m de extensão e a outra, 3.180 m.


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