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Tom Jobim pode praticamente dobrar volume de passageiros
JANAINA LAGE
DA SUCURSAL DO RIO
MAELI PRADO
DA REPORTAGEM LOCAL
Ao contrário do cenário de
saturação de Congonhas, o aeroporto internacional Tom Jobim, no Rio de Janeiro, opera
com capacidade ociosa, mas
ainda é preterido por boa parte
das companhias aéreas. Em
2006, o fluxo de passageiros foi
de 8,8 milhões. Com a infra-estrutura atual, o aeroporto pode
operar com 15 milhões de passageiros ao ano.
A restrição da operação em
Congonhas para 33 movimentos por hora significa realocação em outros aeroportos de 4
milhões de passageiros ao ano,
segundo fontes da Anac (Agência Nacional de Aviação Civil).
Atualmente, o Tom Jobim
tem 180 a 200 vôos diários. Segundo a Infraero, tem condições de aumentar esse montante em mais 200 vôos diários.
Segundo especialistas ouvidos pela Folha, o Tom Jobim
pode recuperar a posição de
centro de distribuição de vôos
internacionais que ocupou durante a década de 1980.
O aeroporto foi perdendo espaço na preferência de usuários e de companhias com a
construção de Cumbica e com
a alocação de vôos domésticos
no Santos Dumont, no centro
do Rio. Em 2002 chegou a operar com 16,13 milhões de passageiros, número que no ano seguinte caiu para 4,6 milhões.
Segundo Pedro Azambuja,
superintendente da Infraero, a
Gol representa 60% das operações do aeroporto. De acordo
com a empresa, 170 mil passageiros utilizaram o aeroporto
em 2006. A TAM é a segunda
empresa nacional que mais utiliza o aeroporto, com 36% das
operações.
Na avaliação de Azambuja,
para o aeroporto do Rio deslanchar falta atrair mais vôos domésticos, o que facilita a distribuição de passageiros.
O principal diferencial do
Tom Jobim em relação aos demais aeroportos é a capacidade
de ampliação. O Terminal 2
opera com dois terços da capacidade e o Terminal 1 com 70%.
Com o uso integral, a capacidade do aeroporto sobe para 20
milhões de passageiros.
"Um aeroporto não deve
nunca operar no limite de sua
capacidade. O projeto do Tom
Jobim permite ainda a construção de um novo terminal e
de uma nova pista, o que elevaria a capacidade para 40 milhões de passageiros/ano. Não
há risco de expansão imobiliária porque ele está cercado de
mar", disse Azambuja. A pista
principal tem 4.000 m de extensão e a outra, 3.180 m.
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