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VIOLÊNCIA
Luiz Eduardo Nogueira, 14, foi morto a tiros antes de entrar para assistir à aula; R.M.C., 13, é o suspeito de ter cometido o crime
Garoto mata colega em escola de Minas
RANIER BRAGON
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELO HORIZONTE
Luiz Eduardo de Melo Nogueira, 14, foi morto a tiros na porta do
colégio particular onde estudava,
na manhã de ontem, antes de entrar para assistir à aula. O crime
ocorreu em Sete Lagoas (MG). O
principal suspeito é um colega de
classe de Nogueira, R.M.C., 13,
que estava foragido até ontem.
Segundo relato de testemunhas
à Polícia Militar, os dois estudantes, que pertencem a famílias de
classe média alta da cidade, teriam se desentendido durante a
aula de anteontem. R. não teria
gostado de brincadeiras feitas por
Nogueira. Ainda de acordo com
as testemunhas, os estudantes teriam marcado um acerto de contas para a manhã de ontem.
Nogueira levou dois tiros no
peito e um no braço e já chegou
sem vida ao hospital municipal.
Segundo a PM, testemunhas disseram que o autor dos disparos
foi R., que teria fugido em uma
Saveiro pertencente ao pai dele.
A polícia suspeita que a arma do
crime, ainda não localizada, também pertenceria ao pai de R.. A
Agência Folha não conseguiu falar ontem com familiares de R..
Os dois cursavam a sétima série
do ensino fundamental do colégio
Anglo, no bairro Canaã.
Nogueira foi enterrado ainda
ontem. Durante o velório e o enterro, parentes e colegas de classe
evitaram falar com a imprensa. A
Polícia Civil deve ouvir, a partir de
hoje, parentes dos estudantes, testemunhas e a direção do Anglo.
Segundo o diretor do colégio,
Paulo Sérgio Ferreira de Assis, a
instituição não sabia da suposta
rixa entre os dois alunos. As aulas
foram suspensas ontem e também não ocorrerão hoje.
Falando em tese sobre as consequências jurídicas do caso, o juiz
da Infância e da Juventude de Belo Horizonte, Tarcísio José Martins Costa, afirmou que R. responderá a processo por ato infracional (que seria classificado como crime, caso ele fosse adulto).
A definição sobre se isso acontecerá com o acusado em liberdade
ou em internação socioeducativa
depende da decisão de um juiz.
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