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Apreensão de um fuzil reforça indícios de parceria entre PCC e CV
MARIO HUGO MONKEN
DA SUCURSAL DO RIO
Um fuzil AK-4 pintado com as
siglas das facções criminosas CV
(Comando Vermelho) e PCC
(Primeiro Comando da Capital)
foi apreendido ontem por policiais militares na favela da Chatuba, que faz parte do complexo da
Penha (zona norte do Rio), antigo
reduto do traficante Elias Pereira
da Silva, o Elias Maluco, preso na
semana passada.
Em menos de três meses, é a terceira apreensão de armas em que
aparecem as iniciais das duas facções, que se aliaram para combater o crescimento da parceria TC
(Terceiro Comando) e ADA
(Amigo dos Amigos).
O comandante do 16º BPM (Batalhão de Polícia Militar), tenente-coronel Ronaldo Menezes, disse
suspeitar que a arma tenha vindo
da favela Vila Cruzeiro, vizinha da
Chatuba e onde o jornalista Tim
Lopes foi capturado por traficantes no dia 2 de junho. Ele foi morto em seguida na favela da Grota.
Segundo Menezes, investigações do Serviço Reservado do batalhão indicam que os traficantes
da Vila Cruzeiro distribuíram todo o armamento pesado pelos
complexos do Alemão e da Penha
devido à instalação do Gpae (Grupamento de Policiamento em
Áreas Especiais) na favela.
O Gpae realiza uma espécie de
policiamento comunitário. Além
de cuidar da segurança, os policiais desenvolvem projetos sociais com os moradores.
Base
Investigações da Subsecretaria
de Inteligência indicam que o
PCC atua em conjunto com o CV
em, pelo menos, sete favelas do
Rio, como o complexo do Alemão, suposta base da parceria.
Conforme as investigações, o
PCC é autorizado pelo CV para
praticar crimes como assaltos e
sequestros. Em troca, facilita a
chegada de drogas para o CV.
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