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Menina é baleada ao presenciar sequestro
DO "AGORA"
Uma menina de sete anos levou
um tiro no rosto ao presenciar um
sequestro relâmpago, anteontem
à noite, no bairro do Mandaqui,
zona norte da capital paulista.
Dois homens abordaram Carlos
Radlinski, 66, quando ele estacionava seu carro em casa e o fizeram
pular para o banco traseiro.
Quando fugiam, cruzaram com o
carro da secretária S. M. P., 36,
que estava acompanhada de um
casal de filhos.
A secretária disse a familiares
que os bandidos jogaram o carro
contra o seu e abriram a porta.
Assustada, ela acelerou o veículo.
A filha G. se virou para trás e foi
ferida na face.
Segundo o pai da menina, a
criança pôde ver quando um dos
homens apontou a arma para ela
e, depois do tiro, tranquilizou a
mãe. Mesmo ferida, ela teria dito:
"Mamãe, fique calma. Acho que
tomei um tiro."
S. seguiu para o PS do Mandaqui. Lá, a menina foi socorrida e
transferida para a Santa Casa, no
centro da capital paulista, onde
foi operada. Ela não corre risco de
morte, mas os médicos não sabem se a menina, que teve o maxilar trincado, ficará com sequelas.
Enquanto a garota era socorrida, a ação com o refém continuava. A mulher de Radlinski, Maria,
conta que o marido foi solto menos de uma hora depois na rua
Manoel Gaia, no Tremembé (zona norte de São Paulo), depois de
dar R$ 50.
Policiais militares disseram a ela
que, depois de soltar o refém, os
bandidos abandonaram o carro e
o trocaram por uma moto, que teriam roubado de uma pizzaria no
bairro do Jaçanã (zona norte), onde o Astra de Radlinski foi encontrado na madrugada de ontem.
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