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Preso monitor da Febem acusado
de tortura e tráfico de drogas
DO "AGORA"
A polícia prendeu ontem o primeiro dos 13 funcionários da Febem de Parelheiros, em São Paulo, que tiveram prisão preventiva
decretada por acusação de tortura, formação de quadrilha e tráfico de drogas.
Joel Evaristo Miguel, 32, foi preso às 13h de ontem, enquanto caminhava no Itaim Paulista (zona
leste), por policiais que o seguiam.
O detido e os outros funcionários tiveram a prisão preventiva
decretada no dia 23 de agosto pela
juíza Leyla da Silva Lacaz, da 18ª
Vara Criminal.
Ao chegar ao 8º DP (Belém), onde ficará preso, Miguel não quis
falar com a reportagem. Segundo
a polícia, ele foi para esse distrito
porque a carceragem abriga ex-policiais envolvidos em crimes.
A decretação da prisão, inédita
no Estado de São Paulo, ocorreu
após denúncia formal feita à Justiça pelo promotor Alfonso Presti.
Os supostos crimes teriam ocorrido em dois episódios, em março e
abril deste ano, na unidade de Parelheiros, desativada em julho.
Dezenove adolescentes infratores teriam sido vítimas das agressões. Desses, 14 teriam sido agredidos pelos funcionários no dia 15
de março e cinco, em 14 de abril.
No último caso, ainda de acordo
com a denúncia, um dos acusados
teria dado maconha aos menores,
que, depois, foram flagrados e,
depois, espancados.
Apesar de a prisão ter sido decretada há mais de um mês, só na
sexta os mandados chegaram às
mãos da polícia porque, segundo
a Secretaria da Segurança, faltavam dados sobre os acusados.
Na época em que a prisão dos
acusados foi decretada, o presidente do Sintraemfa (Sindicato
dos Trabalhadores em Entidades
de Assistência ao Menor e à Família) de São Paulo, Antonio Gilberto da Silva, disse que a decisão da
Justiça havia sido "precipitada" e
só punia o "lado mais fraco".
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