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TRANSPORTES
Pedido adia definição sobre pagamento a empresas
Suspensa regulamentação de contratos dos radares eletrônicos
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA
O Ministério dos Transportes
suspendeu temporariamente o
processo de regulamentação de
radares eletrônicos ao pedir ontem vistas do material em estudo
no comitê executivo do Contran
(Conselho Nacional de Trânsito).
O órgão avalia como será a transição dos atuais contratos para
um novo modelo, em que a remuneração das empresas não dependa de produtividade (das multas).
De acordo com a assessoria de
imprensa do Ministério da Justiça, integrante do Contran, a intenção é acabar com a chamada
"indústria das multas". Atualmente, as empresas terceirizadas
que operam radares eletrônicos
recebem uma porcentagem sobre
as multas pagas.
A Folha apurou que restará aos
Detrans e municípios a possibilidade de aluguel ou compra dos
equipamentos. Não há prazo para
a conclusão das vistas do processo. Só depois o Contran poderá
votar a resolução.
Outro ponto em discussão é a
presença de um agente de trânsito
ao lado do equipamento, uma
exigência da Polícia Rodoviária
Federal. A proposta do Contran
prevê a descrição do nome ou do
código da autoridade em um
campo da multa.
A regulamentação prevê também a obrigatoriedade de estudos
técnicos que comprovem a necessidade do equipamento em determinado local, a certificação pelo
Inmetro (Instituto Nacional de
Metrologia) para cada máquina e
a utilização dos dados produzidos
pelos radares no planejamento de
políticas para o sistema.
(IURI DANTAS)
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