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Estado cogitou destruir prédio histórico nos anos 70
DA REDAÇÃO
Entre as alternativas estudadas
pelo governo paulista nos anos 70
para a construção da estação República do Metrô estava a de demolir o edifício do colégio Caetano de Campos -projetado em
1894 pelo arquiteto Ramos de
Azevedo e onde hoje funciona a
Secretaria Estadual da Educação.
Optou-se pela construção paralela ao prédio, sem prejudicar as
estruturas. O projeto da estação,
do arquiteto Eduardo Hotz, contemplava as plataformas para a linha 4, na época Sudeste-Sudoeste, sob a avenida Ipiranga. Por ser
uma estação de integração, seriam três -uma central e duas laterais- para facilitar embarque e
desembarque. Agora, o projeto
do Consórcio Via Amarela prevê
apenas duas, com passageiros entrando e saindo pelo mesmo lado.
O plano original também previa
mais duas saídas na avenida São
Luiz, atualmente descartadas.
Dentre as mudanças do que era
previsto nos anos 70, o gerente de
engenharia de projetos do Metrô,
Ricardo Luiz Leonardo Leite, analisa como a maior evolução o método de construção: sai o "cut and
cover" (corte e cubra) e entra o
"cover and cut" (cubra e corte).
Segundo ele, essa última forma
reduz o impacto no tráfego.
"É a inversão do método. Executamos as obras, aterramos e liberamos definitivamente ao tráfego. Isso tudo em 12 meses. E
continuamos o desenvolvimento
dessa estação sob essa laje."
As interrupções no trânsito para a construção da estação começaram no dia 11 deste mês. A avenida Ipiranga foi parcialmente interditada no trecho que vai da rua
7 de Abril à avenida São Luiz. O
desvio, segundo o Metrô, deve
durar cerca de oito meses.
Menos atrasos
Os trens da nova linha terão inovações como equipamentos que
reduzem atrasos. Isso será possível, segundo a companhia, com a
adoção da sinalização móvel
-hoje ela é fixa no solo. Com a
novidade, uma espécie de sensor
avisará o carro da presença de um
trem parado na estação.
"Vamos utilizar [nos trens]
uma espécie de sanfona. Se pára
um trem, o resto segue andando
dentro do limite. Com isso, eu
consigo melhorar toda a performance, se alguém segura a porta e
pára a composição", diz Leite.
A previsão é que as seis estações
da primeira fase sejam inauguradas em 2008. A segunda fase, com
mais cinco estações, sai até 2010.
Segundo o Metrô, quatro dessas
estações já estarão com as estruturas prontas durante a etapa inicial.
(MSS)
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