São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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Docentes da USP cobram concurso para procurador

Promotoria investiga nomeações de reitor

DE SÃO PAULO

Para evitar suspeitas de falta de isenção na escolha de pessoal na USP, a Adusp (sindicato dos professores) afirma que a universidade deveria adotar o concurso público para as seleções.
O Ministério Público de SP investiga se o reitor da instituição, João Grandino Rodas, cometeu irregularidades na nomeação de dois procuradores da universidade, conforme a Folha revelou na edição de anteontem ambos escolhidos sem concurso.
Um dos procuradores é filho da ex-reitora Suely Vilela. O outro possui relação pessoal com Rodas há mais de dez anos, foi seu orientando no doutorado e foi nomeado chefe dos procuradores.
A Promotoria apura a denúncia de que eles não possuíam condições para o posto (cinco anos de advocacia).
O procurador é responsável pela análise de questões jurídicas da universidade. O salário é de R$ 5.700.
Sem utilizar o concurso público, pode não haver isenção para as escolhas, diz Ciro Correia, do grupo jurídico da Adusp. Principalmente nesse caso, pois são os responsáveis por análises jurídicas.
O reitor defende as duas nomeações. Disse que ambos são preparados e possuíam a experiência necessária no momento da escolha (tinham mais de cinco anos de experiência com direito, mas não com advocacia, conforme exigia resolução então vigente).
Sobre os concursos públicos, Rodas afirma que a Constituição permite o uso de cargos comissionados para direção, assessoria e assistência.
Citou ainda que ele diminuiu o número de comissionados para a função. Os demais comissionados permanecem por sua expertise em determinadas áreas, disse.


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