São Paulo, segunda-feira, 26 de setembro de 2011

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Famílias devem analisar reação de filhos ao noticiário

DE SÃO PAULO

Antes de abordar com filhos casos como o do menino D., os pais devem sentir se a criança está interessada ou aflita. Do contrário, podem causar preocupações desnecessárias.
A opinião é de Heloisa Maria Heradão Rogone, docente do departamento de Psicologia Clínica da Unesp (Assis) e doutora em psicologia do desenvolvimento humano pela USP.
Se o filho estiver preocupado, afirma ela, o pai deve mostrar que casos extremos assim são raros.

 

Folha - O que dizer para os filhos quando aparecem no noticiário esses crimes?
Heloisa Maria Heradão Rogone -
Os pais devem estar atentos às reações da criança, ao interesse dela em relação ao caso.

O que fazer se a criança parecer preocupada?
Se ela parecer aflita, os pais devem mostrar que casos assim, embora com muita repercussão na imprensa, não acontecem todos os dias, o que tranquiliza a criança.
Uma criança de dez anos, idade do menino de São Caetano, já compreende seus atos, sabe o que significa morrer.
Por isso, os pais devem conversar abertamente sobre o assunto. E é importante que o filho sinta que tem apoio de um adulto.

Se a criança não mostrar interesse, os pais não devem comentar nada?
Não é que não deva falar nada. Os pais podem comentar o fato, ler a notícia de jornal, para introduzir o caso e sentir a reação do filho. Se ele não mostrar muito interesse, é melhor não forçar, senão cria preocupação desnecessária.


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