São Paulo, quinta-feira, 26 de outubro de 2000

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GUARATINGUETÁ
Justiça determina que Polícia Civil investigue denúncia de tortura de presos

O juiz-corregedor prisional de Guaratinguetá (177 km de São Paulo), Nelson Jorge Júnior, determinou ontem que a Polícia Civil abra uma investigação para apurar se houve agressão aos presos da cadeia da cidade, na semana passada, após uma rebelião dos detentos.
Por ordem da Justiça, os presos que denunciaram as agressões à OAB (Ordem dos Advogados do Brasil), que enviou um relatório à Justiça, serão submetidos a exame de corpo de delito.
Se ficar provado que os ferimentos foram provocados na revista dos policiais, a Delegacia Seccional da Polícia Civil vai instaurar inquérito policial.
Cerca de 120 dos 168 presos que estavam na Cadeia de Guaratinguetá se envolveram na rebelião. Eles mantiveram um carcereiro refém durante sete horas e destruíram parte das celas.
As visitas dos advogados aos detentos, suspensas desde a rebelião, também serão retomadas por ordem da Justiça.
Na semana passada, três dias depois do motim, a OAB fez uma vistoria na cadeia e encaminhou à Justiça um relatório.
No relatório, a comissão apresentou ao juiz denúncias recebidas de detentos e familiares. Eles disseram ter sido espancados por policiais durante a revista.
O delegado que dirige a cadeia, Antonio Sérgio Fantin, nega as agressões. Segundo ele, os presos se machucaram durante brigas entre si. (DA FOLHA VALE)



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