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Falta quadro técnico ao município, diz especialista
DA REPORTAGEM LOCAL
A Prefeitura de São Paulo não
vai conseguir planejar as ações da
Sabesp só com controle político e
ideológico, diz Aldo Rebouças, especialista em recursos hídricos do
Instituto de Estudos Avançados
da USP. Para ele, o gerenciamento
da Sabesp pode trazer benefícios
para a cidade se for feito por corpo técnico muito especializado.
"Em princípio o projeto está
OK. Está faltando alguém para estabelecer limites e critérios para a
Sabesp. Mas a prefeitura não tem
quadro técnico para isso. É preciso força e organização para mexer
numa empresa que fornece água
para 25 milhões de pessoas", diz.
Juridicamente, segundo o advogado ambientalista Antonio Fernando Pinheiro Pedro, todas as
partes têm razão: uma lei instituiu
a região metropolitana da capital
como responsabilidade estadual,
mas a prefeitura pode alegar que o
saneamento é serviço de interesse
local e que o município é o titular.
A solução na Justiça da polêmica em área tão fundamental é grave, diz a especialista em direito
das águas Maria Luiza Granziera.
"Tinha de ser mais negociado, os
poderes devem trabalhar juntos,
sem radicalismo político."
(SI)
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