São Paulo, sexta-feira, 26 de novembro de 2010

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5 policiais civis são acusados de matar e forjar tiroteio em SP

Um delegado é acusado de não investigar morte como devia

ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO

Cinco policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi das Cruzes (Grande São Paulo) são acusados pela Promotoria de forjar um tiroteio para justificar um homicídio.
Antonio José Delfino, 57, foi morto às 19h30 do dia 18 de junho, quando, sem mandado de busca e apreensão, os policiais invadiram sua casa, em Mogi das Cruzes.
O delegado Fábio Moriconi Garcia, chefe dos policiais, é acusado de prevaricação. Ele concluiu o caso sem receber os laudos necroscópicos e atestou a ação dos policiais.
Os policiais civis denunciados são: Flávio Augusto de Souza Batista, chefe da equipe, Mauricy Ramos de Paiva, Emerson Roberto da Silva, Edney Barroso da Silva e Miguel Arcanjo Filho.
Na versão deles, Delfino era traficante de drogas e atirou nos policiais.
O laudo necroscópico mostrou que Delfino foi morto com sete tiros -quatro na cabeça. Para a Promotoria, seu corpo foi tirado do lugar onde caiu, uma laje acima de onde estavam os policiais.

TRAJETÓRIA
A análise da trajetória dos tiros revelou que os policiais, ao contrário do que dizem, balearam Delfino de cima para baixo, ou seja, ele não estava atirando de cima da laje.
Ao saber da conclusão da médica legista Raquel Barbosa Cintra, que examinou o corpo de Delfino, o delegado Moriconi e seus subordinados Flávio Batista e Mauricy Paiva pediram para que ela alterasse o documento.
Os policiais Emerson Silva e Mauricy Paiva mataram Sérgio Ferreira da Silva, 34, em 10 de novembro de 2009, em circunstâncias parecidas com as da morte de Antonio José Delfino.


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