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5 policiais civis são acusados de matar e forjar tiroteio em SP
Um delegado é acusado de não investigar morte como devia
ANDRÉ CARAMANTE
DE SÃO PAULO
Cinco policiais civis da Delegacia de Investigações sobre Entorpecentes de Mogi
das Cruzes (Grande São Paulo) são acusados pela Promotoria de forjar um tiroteio para justificar um homicídio.
Antonio José Delfino, 57,
foi morto às 19h30 do dia 18
de junho, quando, sem mandado de busca e apreensão,
os policiais invadiram sua
casa, em Mogi das Cruzes.
O delegado Fábio Moriconi Garcia, chefe dos policiais,
é acusado de prevaricação.
Ele concluiu o caso sem receber os laudos necroscópicos
e atestou a ação dos policiais.
Os policiais civis denunciados são: Flávio Augusto
de Souza Batista, chefe da
equipe, Mauricy Ramos de
Paiva, Emerson Roberto da
Silva, Edney Barroso da Silva
e Miguel Arcanjo Filho.
Na versão deles, Delfino
era traficante de drogas e atirou nos policiais.
O laudo necroscópico
mostrou que Delfino foi morto com sete tiros -quatro na
cabeça. Para a Promotoria,
seu corpo foi tirado do lugar
onde caiu, uma laje acima de
onde estavam os policiais.
TRAJETÓRIA
A análise da trajetória dos
tiros revelou que os policiais,
ao contrário do que dizem,
balearam Delfino de cima para baixo, ou seja, ele não estava atirando de cima da laje.
Ao saber da conclusão da
médica legista Raquel Barbosa Cintra, que examinou o
corpo de Delfino, o delegado
Moriconi e seus subordinados Flávio Batista e Mauricy
Paiva pediram para que ela
alterasse o documento.
Os policiais Emerson Silva
e Mauricy Paiva mataram
Sérgio Ferreira da Silva, 34,
em 10 de novembro de 2009,
em circunstâncias parecidas
com as da morte de Antonio
José Delfino.
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