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Resultado do Saeb gera polêmica entre secretários
da Sucursal de Brasília
Os resultados do Saeb (Sistema
de Avaliação da Educação Básica)
causaram polêmica na reunião do
Consed (Conselho de Secretários
Estaduais da Educação) realizada
ontem em Brasília.
Enquanto secretários que tiveram um bom desempenho na avaliação comemoravam os resultados, a secretária do Estado de São
Paulo, Rose Neubauer, dizia que o
Saeb devia ser visto "com muita
precaução".
O secretário da Educação de Sergipe, Luiz Antonio Barreto, fez
questão de responder a Neubauer.
O desempenho dos alunos de matemática de seu Estado se manteve
estável em relação a 95, ao contrário do que aconteceu em São Paulo, onde a proficiência diminuiu.
"Acho que os resultados dessa
avaliação são realmente importantes. Ela tem duas faces, uma
técnica e outra que reflete as culturas regionais. No meu Estado, por
exemplo, foi a primeira que um
secretário se manteve três anos no
cargo, isso ajuda a melhorar."
Para o secretário da Educação do
Distrito Federal, Antônio Ibañez,
o desempenho mais fraco em 97
foi um "acidente", provocado
pela falta de professores no 1º semestre daquele ano. Ele afirmou
que o DF também absorveu uma
grande quantidade de alunos nos
últimos anos, o que ajuda a baixar
a média do desempenho.
Os secretários da Educação de
Minas Gerais e do Paraná, os Estados com melhores resultados,
atribuíram a projetos desenvolvidos com a ajuda de empréstimos
do Banco Mundial a boa performance de seus alunos.
"Houve uma decisão política do
governo de Minas de investir 45%
do orçamento do Estado em educação. Além disso, tivemos um
empréstimo de US$ 300 milhões
do Bird, o que foi fundamental",
afirmou João Batista Mares Guia,
secretário de Minas.
Com a verba do Bird, Minas melhorou e criou bibliotecas nas escolas, instalou 700 centrais de
computadores, informatizou a administração escolar, investiu na
avaliação do sistema educacional e
criou programas de capacitação
de professores e diretores.
Ramiro Wahrhaftig, secretário
do Paraná, destacou a participação dos pais na gestão das escolas
como essencial para alcançar bons
resultados. Com o empréstimo de
US$ 160 milhões do Bird, o Estado
investiu em infra-estrutura, materiais didáticos, capacitação dos
professores e dos gestores em educação.
(BETINA BERNARDES)
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