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Nebauer questiona critérios
da Sucursal de Brasília
A secretária de Estado da
Educação de São Paulo, Rose
Neubauer, diz que é impossível
avaliar políticas públicas educacionais com base em apenas
dois resultados pontuais de desempenho de uma amostragem de estudantes.
De acordo com o Saeb, a proficiência média em matemática
de alunos da 8ª série em São
Paulo caiu de 263 no ano de 95
para 248 em 97. No último ano
do ensino médio, o desempenho caiu de uma média de 291
em 95 para 276 em 97.
"Esses resultados do Saeb
têm que ser usados com muito
cuidado. Nenhum resultado de
avaliação séria tem posições
definitivas sobre tendências
educacionais antes de uma série histórica de pelo menos cinco avaliações. O Saeb só realizou duas, em 95 e 97, e não
usou instrumentos da mesma
natureza", afirma Neubauer
-que desde 1995 vêm introduzindo uma série de modificações na rede estadual.
Segundo a secretária, o Estado de São Paulo usa uma metodologia semelhante à utilizada
pelo MEC para avaliar o desempenho dos alunos e os resultados são diferentes, tendendo a ser melhores.
"O Saeb deve ser olhado
com certa precaução, porque a
posição do Brasil como um todo é desfavorável. Tem-se investido muito no Nordeste e os
Estados nordestinos permanecem estáveis no desempenho
em relação a 95, se forem analisados separadamente", disse.
Para Rose Neubauer, o Estado de São Paulo foi prejudicado porque a avaliação excluiu
alunos de escolas técnicas estaduais, que "têm um desempenho melhor".
Ela disse que também houve
absorção de uma grande quantidade de alunos nas últimas
séries do 1º grau e na 3ª série do
2º grau. "É uma clientela diferente que entra no sistema. Isso contribui para baixar a média de desempenho."
(BB)
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